A arte jornalística de viajar de graça
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A arte jornalística de viajar de graça


Em meio ao perrengue cotidiano, o jornalista busca apegar-se às pequenas coisas boas da profissão. Uma delas é, sem dúvida, viajar de graça. Quem resiste a uma viagem feita a convite de uma empresa aérea, de uma rede de hotéis ou de um festival de cinema? O jornalista espera pela viagem com a ansiedade que uma criança pobre espera pela merenda na escola ou um preso espera pela visita íntima. É uma questão de saciar a fome.

Nos meus tempos de redação, o pessoal do caderno de Turismo distribuía, com freqüência, viagens para repórteres de outras editorias. Já que não existia um plano de carreira, viajar era, ao menos, uma forma de recompensar os jornalistas pela ralação do dia-a-dia. Rolava uma disputa pelos melhores roteiros. Viajar era bom; para um lugar legal, melhor ainda.

Lembro-me até hoje do meu primeiro convite de viagem. O responsável pelo caderno de Turismo me chamou para um café. O grande momento havia chegado. Era foca e, nessa condição, não dava para contar com um destino maravilhoso, mas, como sonhar nunca custou nada, me imaginei em uma praia paradisíaca do Nordeste, num hotel bacana.

- Duda, teu editor te indicou para uma viagem pelo jornal. Você vai passar um fim de semana na Baixada Santista, mais precisamente em São Vicente, e escrever uma matéria sobre a cidade. Garoto de sorte, hein?

Minha sorte foi ter chovido o fim de semana todo, o que me deixou preso no hotel. Viajar para São Vicente era resgatar as férias de minha infância classe média. Era lá que eu passava as noites me divertindo num carrinho de bate-bate e comendo quindim. A barraca do doce ficava em frente à “biquinha”, uma fonte de água que é a grande atração turística da cidade.

A minha primeira viagem a convite de alguém rendeu muita frustração e apenas uma notinha para o caderno de Turismo. Sobre o quê? Sobre a revitalização da “biquinha”.



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