Coisas e Coisas
OLHO ATENTO
Luciano Canhanga retomou o seu blogue Olho Atento, a partir de Luanda, Angola, depois de um grave acidente de viação. Não sei classificar muito bem o seu blogue, mas ele mistura bem, como se fosse um sábio, jornalismo com literatura. E, por uma associação rápida, lembro-me do livro que acabei de ler, o de Lobo Antunes, sobre o seu tempo em Angola, durante a guerra colonial. A magia da terra angolana, reconhecida pelo escritor, revê-se neste blogue.
Por ele se fica a conhecer a realidade angolana, quiçá muito diferente das versões oficiais que nos chegam. Em suma, dificuldades do dia a dia dos angolanos (que eu conheço com mais de trinta anos de distância). Basta ler este bocado da sua escrita: "Parece-me que vivem duas categorias de pessoas em Angola. Os Homens (governantes e clientes) e os Selvagens (nós os simples mortais)".
Creio valer a pena espreitar o seu blogue. Repito sempre isto: foi uma enorme alegria eu ensinar ao Luciano os rudimentos de ligação à blogosfera. Longa e feliz vida para ele.
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Luanda, A Vida Quotidiana E A Rádio
O aparato de recolha de informação é impressionante: 81 entrevistas. O tema é aliciante: a cidade de Luanda entre 1960 e 1975. O que me chamou a atenção: o modo de construção do livro, ou melhor, do livro-álbum de fotografias. O que me levou...
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Cartas Da Guerra E As Minhas Memórias
Escrevi aqui, a 16 de dezembro de 2005, sobre o livro D'Este Viver Aqui Neste Papel Descriptivo de António Lobo Antunes. De entre outras linhas, escrevi que se trata de "um livro de amor que decorre com a guerra colonial como pano de fundo. Os aerogramas...
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50 Anos De Rádio Em Angola
50 Anos de Rádio em Angola, de José Maria Pinto de Almeida, é um livro de memórias de gente que fez rádio naquele país, do arranque das estações em cada cidade (Rádios Clubes) até 1975 (em alguns casos até depois). Não é uma história da...
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O LIVRO DE ANTÓNIO LOBO ANTUNES D'este viver aqui neste papel descriptivo é um livro de amor que decorre com a guerra colonial como pano de fundo. Os aerogramas (ou cartas) que o alferes miliciano Lobo Antunes mandava para a mulher Maria José (Fonseca...
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O DIA EM QUE ME CRUZEI COM ANTÓNIO LOBO ANTUNES "Chegada à noite, partida na madrugada seguinte para o Luso. Mais 400 quilómetros, com dormida de 2 horas em Dala (Durante este tempo, de resto, pouco comi e nada dormi)" (António Lobo Antunes, 2005,...
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