Coisas e Coisas
MEMÓRIA DO FADO
Retiro do Diário de Notícias de hoje (texto de Nuno Galopim):
- Gravações de finais dos anos 20 e inícios dos anos 30 de Ercília Costa e de Maria Alice, e um conjunto de temas originalmente registados por Amália Rodrigues nos anos 50, correspondem aos três primeiros volumes de uma nova série de edições discográficas que a partir de hoje chega às lojas. [...] Ercília Costa (1902-1985) foi a primeira fadista portuguesa a ter grande exposição internacional, tendo realizado digressões em França, Estados Unidos e Brasil, e mantido também uma carreira como actriz de revista e, mais tarde, no cinema. As suas gravações são quase todas anteriores a 1950 e, por isso, um tanto esquecidas nos nossos dias. No disco agora editado são recuperados o seu histórico Fado de Alfama, entre outros, em gravações de 1920 e 1930. Maria Alice (1904-1997) foi outra das primeiras vozes do fado a conhecer gravação. Cantou em diversas casas de fado e chegou a actuar no Brasil. O disco desta colecção que lhe é dedicado recorda-a em gravações efectuadas entre 1929 e 1931.
Escreve ainda o jornalista:
- Os discos de 78 rotações por minuto não correspondem ao mais antigo dos formatos usados pelo mercado discográfico mas, depois de uma etapa em que os fonogramas surgiam em cilindros, o disco acompanhou a expansão da indústria da música à escala global. A produção em grande escala na velocidade 'standard' de 78 rotações iniciou-se em 1925, mantendo-se ainda activa depois de o aparecimento do LP (em 1948), desaparecendo dos mercados ocidentais em meados dos anos 50 (sobrevivendo na Índia até aos anos 60).
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