Fábrica Portuguesa Rádio Triunfo
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Fábrica Portuguesa Rádio Triunfo


Em março de 1946, constituiu-se a sociedade Rádio Triunfo, no Porto, dedicada à produção de discos, com os sócios Rogério Leal, José Cândido Silva e Manuel Lopes da Cruz. A inauguração da fábrica ocorreu em 1947.

1957 seria uma data importante na história da empresa, com o início dos cortes dos acetatos e da produção das matrizes de cobre em Portugal, atividades até aí feitas fora da fábrica do Porto. Além da produção dos discos de 78 rpm, a fabrica iniciou a produção de discos de microgravação (45 rpm). A primeira loja comercial abria na rua de Santa Catarina (Porto) no mesmo ano de 1957, alargando-se para outras lojas: rua de Santo António, hoje 31 de janeiro (Porto), em 1961, e rua do Carmo (Lisboa), em 1962.

A produção de discos estereofónicos começou em 1969. No ano seguinte, abriu a secção de cassetes e cartuchos, enquanto que em 1973 se instalava uma linha de produção de alta velocidade. Ainda em 1973, abririam delegações em Angola e Moçambique. Em março de 1974, eram inaugurados estúdios de gravação em Lisboa. A Rádio Triunfo englobava, entre outras, as etiquetas Alvorada, Melodia, Harmonia e RT, e teria no seu catálogo, pelo menos no começo da atividade de artistas e cantores, nomes como Amália Rodrigues, Carlos do Carmo, Simone de Oliveira, Madalena Iglésias, António Calvário, Fernando Farinha, Tony de Matos, Maria de Lurdes Resende e José Afonso. A mudança de regime político em 1974 traria alterações à vida da empresa, com diversos artistas das suas etiquetas a sofrerem eclipse total ou quase total, dada a identificação musical (música ligeira), num momento em que irromperam outras estéticas, e as filiais fora de Portugal fechariam, dada a independência das colónias.

Leitura: J. A. T. Lourenço (coord.) (1997). A grande aventura da gravação: 100 anos de gravação sonora, 1877-1977. Porto: Rádio Triunfo



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