Muitas horas passámos comentando as nossas notícias, ansiando para que fossem populares, tecendo mil conjecturas sobre o funcionamento desta rede social que nos cativou, a ponto de se tornar uma obsessão.
Cheguei ao 24º lugar do ranking sem me ter apercebido, foi um amigo que, ao dar-me os parabéns, me alertou para o facto. A partir de aí fiquei mais desperta e participativa, mas comecei a sentir-me escrava do sistema. Tinha que, diariamente votar, e comentar, para não perder a posição, e à medida que ia subindo, ia-me viciando cada vez mais.
A tal ponto que, quase organizei a minha vida em função do dihitt. O blog ia-se descaracterizando, uma vez que, não tinha tempo para preparar notícias. Até que, se impôs que eu fizesse uma reflexão sobre o estado das coisas. Quando decidi pertencer a um site social, nunca me imaginei vir a sentir prisioneira. Não nego que tenho prazer em ver o meu blog bem posicionado. O blog, corresponde de alguma forma, a um trabalho que realizo, e que, os meus amigos sancionam com o seu voto.
Mas o lugar no ranking é outro assunto, tem a ver com a disponibilidade mental e de tempo, para ler um significativo número de notícias e comentar quase exaustivamente. Decididamente não era bem isso que eu queria.
Concordo com você Emilia, afinal, qual o verdadeiro sentido do diHITT para você?
Eu vejo esse ambiente como uma grande ferramenta para que possamos implementar um novo conceito de cidadania, juntarmos as pessoas, criarmos uma unidade, enfim, eu quero mudar o mundo, ainda não deixei esse ideal escapar, já paguei um valor altíssimo para chegar até aqui, e finalmente vejo todas as condições enfim criadas, essa é a hora, vamos fazer desse mundo um lugar mais justo, se menos injusto já estarei satisfeito, sei que sozinho certamente serei apenas um quixote, lutador solitário, que invariavelmente me perderei em uma loucura solitária, mas acredito que se juntarmos pessoas em torno de um ideal, aí sim faremos acontecer, com pequenos gestos, podemos construir grandes obras, conscientes que ninguém estará sozinho, e que a cada gesto nosso não deveremos ficar pensando que tal atitude é muito pequena, pode até ser, mas quando somadas á outras e outras, poderemos ver a extensão do feito, somos sim, o que acreditamos ser, devemos ver essa vida como uma grande oportunidade que nos foi dada, para que não apenas passemos por ela, sem deixar nenhum feito, por isso o fato de sermos egoístas, querermos todo o mundo só para nós é um sentimento pequeno, que em nada enaltece nossa passagem.
O dihitt é o lugar apropriado, em língua portuguesa, é capaz de reunir em um ambiente, uma legião de pessoas com cultura semelhante, brasileiros que um dia deixaram a pátria em busca de uma vida melhor, portugueses que colonizaram nossa nação, angolanos, e mais uma incontável legião de pessoas, que a meu ver, podem sim estarem engajados nessa batalha, eu reafirmo que amo o dihitt, mas a ambição pelo ranking, felizmente é coisa do passado, me fez mais mal que bem.
Tens razão João, o dihitt é um excelente meio de socialização, com gente fantástica, muito humana e de grande qualidade, e por quem eu tenho imenso carinho. Dizer que é uma família é banalizar, porque na verdade é bem mais do que isso. As famílias não se escolhem e nós aqui escolhemos os amigos.
Estou aqui pela troca de ideias, o saber mais, partilhar o que sei com os outros, comentar as boas notícias que vão aparecendo, receber comentários, tudo num ambiente saudável e não competitivo que, a meu ver, é a verdadeira razão de ser do dihitt.
O que quero acima de tudo é um blog que vá crescendo em qualidade, e o dihitt é o local ideal para eu fazer essa aprendizagem.
Penso também que haverá pessoas, que, tal como eu fiz, usam o dihitt como tábua de salvação para esquecer outros problemas, ou preencher vazios. Se o dihitt satisfaz essas carências, se as horas aqui passadas têm como prémio um lugar de topo no ranking, isso pode traduzir-se num fortalecimento da sua auto-estima e nesse sentido já é uma mais valia. Não me quero envolver de uma forma compulsiva, não posso esquecer que, há um mundo lá fora à minha espera e que o tempo passa, e o ranking não me dá mais do que uma satisfação fugaz.
Liberta dessa obsessão, estou mais tranquila, mais espontânea, e com uma participação mais positiva, gozando mais o dihitt, porque sou mais eu, livre e descomprometida.