Coisas e Coisas
ECONOMIA DA CULTURA EM CABO-VERDE
O blogue cabo-verdiano ALUPEC Ka Ten Tadju publicou anteontem o texto de recente conferência do ministro da Cultura daquele país, Manuel Veiga, texto retirado do jornal
A Semana. O tema era economia da cultura. Retiro dois momentos da comunicação:
- Já dissemos que a economia da cultura exige o sujeito cultural, o produto cultural e o mercado da arte. O sujeito cultural tem que ter talento, tem que ter qualificação. Este mesmo sujeito precisa de incentivos, de meios e de condições para criar ou para comunicar a sua arte. Para além da formação, ele deve contar com uma forte organização, capaz de negociar com o mercado e de organizar os pacotes promocionais, ocupar-se do marketing e da publicidade, sensibilizar e convencer os patrocinadores públicos e privados, organizar e garantir o cumprimento da agenda nacional como internacional do sujeito cultural.
[...] Não foi possível ainda estabelecer o peso da nossa cultura no PIB, o valor da exportação de produtos culturais e o número de emprego que cria, o seu peso na criação da qualidade de vida e na fecundação das relações de produção. O Estudo sobre a Economia da Cultura que se preconiza fazer dará resposta a grande parte dessas interrogações.É evidente que o peso da cultura no PIB e o número de emprego que cria não são insignificantes se tivermos em conta:
• O número de artistas, na área musical, que actua nos grupos ou individualmente, nas digressões internacionais, nos festivais de praia, nas festas populares, nos restaurantes (no país ou na diáspora), nas celebrações comemorativas, nas campanhas eleitorais... • O número de organizadores, de técnicos e de produtores musicais que têm rendimento do trabalho que fazem. • O número de actuações de artistas ligados ao teatro e à dança, o número de empregos que cria e o retorno económico que proporciona; • O número de livrarias, estudos de gravações, boîtes e espaços de entretenimento existentes e o volume de negócios que movimentam; • A diversidade da gastronomia caboverdiana e o retorno económico que propicia; • O peso económico da cultura na educação, na investigação e no resgate patrimonial; • O número de artistas plásticos, de fotógrafos e o rendimento que capitalizam; • A diversidade de artesanato existente, o seu volume de negócios e o seu peso na criação de emprego; • A representatividade do turismo cultural na economia nacional e o volume de negócios que decorre da orçamentação e animação de espaços turísticos, empresariais, públicos, religiosos e habitacionais. • O valor económico do recheio e dos serviços de instituições culturais como museu, arquivos históricos, casas de culturas, centros culturais.
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