Coisas e Coisas
SALSA - CONSUMOS MODERNOS
No passado dia 20 de Janeiro, o post que coloquei dizia respeito ao consumo de marcas de vestuário, a partir de trabalhos dos alunos da Universidade Católica. Liliana Pinto, Inês Ferreira e José Pimentel escreveram sobre a Levi's e o madrileno José Antonio Gata sobre marcas mais vendidas na sua cidade: Zara, Bershka, Polo Ralph Laurent, Timberland, DKNY e Carolina Herrera.
Nessa altura, eu remetera para mais tarde a análise a uma marca de roupa portuguesa, a Salsa. O objectivo principal do estudo das marcas de roupa é articular os modos modernos de consumo com os espaços (centros comerciais e lojas) e os media enquanto promotores ou "publicitadores" desses modelos de recepção e consumo.
Para as alunas Sofia Santos e Ana Carina Moreno (também blogueira), em
Salsa: um sucesso nacional, a empresa - lançada em 1994 pelos irmãos Vila Nova - iniciou-se em lojas
multimarca e, após bons resultados, passou para o mercado das lojas
monomarca (pontos de venda próprios e franchisados). O target é o público jovem (13-34 anos, mas com predominância 13-24), feminino e das classes B e C1. Trata-se de uma das poucas marcas a conseguir fazer frente aos gigantes do vestuário do país vizinho (Zara, Mango). Um dado interessante a conhecer é a localização das lojas Salsa, todas em centros comerciais.
O trabalho empírico das alunas Sofia Santos e Ana Carina Moreno foi constituído por um inquérito a 30 estudantes universitários, efectuado na própria universidade em finais de Outubro passado.
Das(os) respondentes 24 eram mulheres e 6 homens, com idades compreendidas entre os 21 e os 26 anos. Todos conheciam a marca, mas sete não sabiam que era portuguesa (4 disseram espanhola e 3 outra).
[
observação: o animador deste blogue anda fora do target, como podem ver pela imagem]
Ao tentarem saber o grau de fidelização da marca, as alunas concluiram que apenas cinco possuíam o cartão
Hot card, embora dez conhecessem os seus benefícios. Os artigos mais adquiridos são as calças (24 em 30), seguindo-se as camisetas e os casacos (5 cada). Os valores médios gastos são entre €40-50 ou mesmo acima de €50. Já em termos de opção de marcas, dos inquiridos 6 preferem a Salsa, 6 a Pepe Jeans, 1 a Wreck e os restantes 17 outras marcas (este resultado obviamente não ajuda muito a caracterizar os consumidores). A razão porque os inquiridos preferem outras marcas prende-se com melhor preço (17) e porque a roupa agrada mais (17 igualmente).
loading...
-
Tendências De Consumo
No jornal em papel de hoje do Público, há um texto sobre novas tendências de lojas de centros comerciais que, em vez de contratos de fidelização de seis anos, alugam espaços por seis meses. Isso significa que há lojistas e marcas que chegam aos...
-
ReconversÃo De Lojas Tradicionais Na Área Da AlimentaÇÃo
O grupo Sonae lançou áreas de negócio dedicadas a retalho grossista e lojas de conveniência e a franchising de supermercados e lojas alimentares. No primeiro, o Continente Horeca fornece clientes profissionais dos ramos de hotelaria, restauração,...
-
Lojas De Rua
Na Europa, nove das dez melhores [lojas] estão na rua, uma está no shopping. Em Portugal, é o inverso. Há razões históricas (a lei dos arrendamentos, trespasses elevados) que empurraram as grandes marcas para os centros comerciais da periferia....
-
CONSUMO DE CINEMA Inês Diniz, Rita Calado e Isabel Fernandes trabalharam, na sua proposta para a cadeira de Públicos e Audiências, o tema Consumo de cinema. As alunas procuraram saber - num inquérito dirigido a pessoas entre os 8 e os 55 anos, na...
-
LOJAS E CENTROS COMERCIAIS (III): UM ESTUDO SOBRE A FNAC As alunas Cristina Espada, Sara Rocha e Tatiana Branco escreveram sobre as lojas FNAC, que, neste momento, já se espalham pelo Colombo (Fevereiro de 1998), Norte Shopping (Novembro de 1998), Armazéns...
Coisas e Coisas