Coisas e Coisas


MÚSICA

1) Sítio Música Total: "finalmente «cresce e aparece» na forma nobre de Portal de Música! Num país onde os sites de música são ainda poucos e ainda por cima não muito arrojados, o MT resolveu arriscar e partir na “cura da ressaca”, que nos assola desde o primeiro dia. Assim, acreditando investimos até reunir condições para passar a Portal de música feito nos Açores…para o mundo da net!". Nascia deste modo o editorial do referido Música Total, estava-se a 22 de Novembro do ano passado.

Na newsletter hoje distribuida, dá-se conta do concerto dos Bed Noise, no dia 23 de Abril, no Paleão - Soure - Coimbra (6ª Mostra de Música Moderna), da edição do álbum "Segundo" dos Toranja para Maio e dos concertos de Pat Metheny para 25 de Junho (Coliseu do Porto) e dia seguinte (Coliseu de Lisboa), entre variada informação.

2) Nuno Galopim: no último DN: Música, o seu editor informa a criação de prémios, pela Associação Fonográfica Portuguesa, para os melhores da produção discográfica nacional. Segundo Galopim, haverá o prémio Carreira e o prémio Revelação. Escreve: "A ter lugar em inícios de 2006, com Gala com músicos portugueses e visitantes em cena, e com transmissão televisiva [...], a primeira edição dos novos prémios da AFP vai escolher os melhores de um ano que não está a começar nada mal".

Destaque ainda para o próprio Nuno Galopim, agora animador da Rádio Radar com os seus Discos voadores, ao sábado e domingo. Um seu fiel ouvinte.

3) O pós-punk em livro de Simon Reynolds: Escreve Kitty Empire no Observer de hoje sobre o novo livro de Reynolds, Rip it again and start again: post-punk, 1978-1984.

Se o punk se tornou uma marca na cena inglesa, por boas ou por más razões, o certo é que os anos seguintes foram de ressaca. Talvez ainda esteja na memória a música dos Joy Division, em torno da mitologia de Ian Curtis, que acabaria por se suicidar, ou mesmo dos Public Image Limited, cujo cantor, John Lydon, nunca ultrapassou a infâmia dos Sex Pistols. Reynolds faz a ponte para bandas mais recentes como Franz Ferdinand e Bloc Party, Interpol e Rapture.

Os intervenientes do pós-punk vinham de escolas de arte, influenciados por teorias literárias, pela arte e pela teoria crítica. Os poemas desvendam uma decadência da época industrial e os mecanismos de poder, lê-se no Observer.

Simon Reynolds, no seu livro, revisita as bandas que ouvia na juventude, e coloca o pós-punk num mundo de mercado mais amplo. Ele ocupa muitas páginas a fornecer dados sobre bandas agora quase esquecidas. Alguns materiais podem ser encontrados no seu blogue Blissblog, como uma discussão sobre o pós-punk no próximo dia 27, em Londres. Esta conta com a presença do próprio Simon Reynolds, bem como de Howard Devoto, Paul Morley, Gina Birch e Richard Boon, a que se segue um vídeo de 60 minutos sobre várias bandas: New Order, Fall, Cabaret Voltaire, Pop Group, Magazine, PIL e Orange Juice.



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