Ian Curtis, vocalista dos Joy Division, morreu em 1980 de suicídio. Agora, na próxima sexta-feira, no Festival Internacional de Cinema de Edinburgo, será apresentado o filme Control, de Anton Corbijn, sobre aquele cantor e a sua banda de Manchester. O lançamento do filme no circuito comercial está previsto para 5 de Outubro, pelo menos no Reino Unido. Para os fãs mais jovens que nunca viram a banda actuar ao vivo mas conhecem os New Order, a banda herdeira daquela, o filme será um inesquecível tributo.
No Observer de hoje, o fotógrafo Kevin Cummins escreve sobre os dias de começo dos Joy Division. Ele lembra o concerto punk dos Sex Pistols em Manchester, no Verão quente de 1976. Então, impressionados com os Pistols, todos os fãs da música quiseram criar uma banda. Seria o que aconteceu com Ian Curtis e os seus colegas Bernard Sumner, Stephen Morris e Peter Hook. Começaram por se chamar Stiff Kittens, mudaram-se para Warsaw e estabilizaram em Joy Division. Estava-se em Janeiro de 1978. Cummins fotografou os músicos, indo agora publicar essas imagens em Outubro (ver www.tohellwithpublishing.com). Control, de Anton Corbijn, contemporâneo de Cummins na publicação NME, seria o seu primeiro vídeo sobre uma banda pop.
Cummins lembra que as imagens que tirou aos Joy Division as quis colocar num dos jornais: NME ou Observer. Então não tinha muito dinheiro e as imagens que fez com a sua Nikon foram raras, pois o rolo custava dinheiro e também a sua revelação. Ainda não havia as máquinas digitais. A sua recordação dos Joy Division é que o grupo não era muito simpático, cultivando alguma distância, ou mesmo arrogância, bastante diferentes dos Fall, outra banda de culto em Manchester. O álbum Unknown pleasure, em Junho de 1979, traria a distinção para Ian Curtis e os colegas.
No texto de hoje do Observer, Cummins fala também das controvérsias políticas dos Joy Division e dos gostos de Curtis e colegas: Velvet Underground, David Bowie, Lou Reed. E da paixão de Curtis pelo futebol e pelo Manchester City. Finalmente, Cummins acha que o filme não representa bem os Joy Division: falta-lhe humor; Tony Wilson, o dono da Factory Records onde os Division gravaram, é mal representado.
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