Deserto
Coisas e Coisas

Deserto




Abriu os olhos e não enxergou nada. O ruído do vento dizia que estava ao ar livre. Mexeu os pés e pensou estar pisando em areia. Detestava areia. Detestava o escuro. Detestava acordar em um lugar que ele não reconhecia, sobre a areia e no escuro. Detestava o barulho do vento e, com ele, aos poucos, a própria areia a lhe arranhar a cara.

Ficou aí... preso nesse deserto... sem se mover... por exatos 34 dias...

Começou a caminhar. Os braços esticados à frente. As mãos abertas na tentativa de encontrar algo. Os sentidos aguçados. A mente ainda no deserto.

T A T E A V A

B U S C A V A E N C O N T R A R I N S P I R A Ç Ã O

D E Q U A L Q U E R J E I T O

Um dia, pensou em fazer algo.

Quando finalmente amanheceu, conseguiu enxergar algo que poderia ser (ou pelo menos parecia ser) uma saída. Correu na direção da porta. Abriu-a lentamente. Outro deserto. Só que desta vez, com dunas extremamente pequenas. Umas ao lado das outras. Num tipo de organização que ele não conseguia entender.

- Saia de cima dos meus formulários! - disse uma voz que ele parecia reconhecer, mas não conseguia lembrar de onde. Na verdade, mais parecia um eco, ricocheteando nas paredes do seu deserto.

- Não tira nada do lugar... saia de cima dos meus formulários!!! - insistia a voz, cada vez mais familiar e distante. - Eu tenho prazos. Eu tenho uma organização que precisa ser mantida. Não tenho tempo para seus delírios pretensamente criativos. Leve seus joguinhos meta-ficcionais para outro horário. Quer ser criativo? Sonhe! Faça isso em um momento em que eu não precise das coisas em seus devidos lugares.

C H U V A

Á G U A C A I N D O D E C I M A D E N O S S A S C A B E Ç A S

C H U V E I R O D O D E S E R T O

Na maioria das vezes, é debaixo da água que parece vislumbrar um ou outro mundo. Vira-se para um lado e quase encontra um edifício. Vira-se para o outro e desta vez é um novo planeta. Ou talvez uma outra pessoa.

É difícil viver no deserto. É difícil não ter nada para partilhar.

Mas, quando finalmente consegue sair debaixo da água, as imagens já se dissolveram. Sobram apenas uma ou outra ponta que não se conecta mais com nada. Um fragmento sem sentido. E, definitivamente, ainda há a vontade, pelo menos, de tentar dar algum sentido para o que faz.

Q U A N D O A F A L T A D E A S S U N T O V I R A O A S S U N T O

Abriu os olhos e não enxergou nada. O ruído. O ar livre. Os pés e a areia. Detestava areia. Detestava o escuro. Detestava acordar em um lugar que ele não reconhecia, sem conseguir enxergar outra coisa que não fosse um ...

D E S E R T O

Quando os médicos chegaram, o encontraram sozinho no apartamento. Os móveis da casa todos amontoados onde antigamente havia um escritório. Ele olhava fixamente para a parede da sala.

O chão, coberto de areia. Uma areia fina que ninguém conseguia descobrir de onde teria vindo. Não era areia de praia. Não era areia de nenhum lugar conhecido pelo homem.

E , N O C A N T O D O Q U A R T O , U M A I D É I A






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