Coisas e Coisas
Branco.
O teto não lhe dizia nada.
A mobília não lhe dizia nada.
O cachorro lhe fitava, porém, nada dizia.
O mundo, de um momento para o outro, ficou em silêncio.
Ele mesmo, tentou falar algo e quebrar com a estática.
Nada.
Sua vida, agora, estava assim...
Um ruído ensurdecedor de estática.
O mesmo que sair de uma danceteria e seguir sentindo a vibração da música que não existe mais.
Levantou-se da cama, apavorado.
Correu até a janela.
Estática.
Ligou a TV.
Estática.
Arrastou os móveis.
Estática.
Chutou o cachorro.
Quebrou a cama.
Abriu o chuveiro.
Estática.
Estática.
Estática.
Sempre a maldita estática.
Não era possível.
Não era normal.
Tentou lembrar-se do que havia ocorrido no dia anterior.
Talvez isto lhe desse uma pista do que havia acontecido.
Nada chamava-lhe a atenção.
Era apenas a sua vida normal.
Levantar. Escovar os dentes. Comer. Dar aulas. Conversar com os amigos. Almoçar. Aula de Italiano. Dentista. Teria sido a broca? Não... Depois ainda teve o cinema. Filme ruim. Dinheiro jogado fora. Mas, pelo menos ainda ouvia o que os atores falavam. Talvez, essa estática, nessa hora, não tivesse sido tão ruim. Barzinho. Foi ontem? Não. Ontem nem bebido tinha! Foi ao shopping. Passear pela livraria. Um lanche. Outro. Depois reclama do peso. Um flerte. Ahhh, houve o flerte! Claro! A troca de telefones.
O sorriso!
A reciprocidade!
Existe coisa melhor do que um belo sorriso?
Existe, claro.
Existe o olhar certo.
Existe uma nuca certa.
Existe um nariz certo.
Existe um gosto certo.
O PH perfeito.
Mas um bom sorriso é um ótimo começo.
Depois do sorriso, um encontro perto do caixa.
Logo na hora de sair. É necessário parar de conhecer as pessoas nas horas erradas.
Um pequeno papo.
A troca de telefones.
Outro sorriso.
Um olhar de quem não quer ir embora.
Uma distância que vai crescendo aos poucos.
Uma sensação boa que fica.
O sono tranquilo.
E acordar assim?
Como?
É urgente fazer algo.
Pegar o telefone.
Estática.
Discar os números.
Estática.
Estática.
Estática.
Esperar que esteja tocando.
Estática.
Estática...
Ouvir um alô!
Ahhh...
Nem tudo é silêncio!
PS: Estou viajando... por isso, desculpem a falta de postagens... se quiserem saber algo sobre minhas viajens, clic aqui!
- Museus - 2
No Público de hoje, em peça não assinada [take da Lusa], dá-se conta de uma exposição sobre a fadista Berta Cardoso. O título da notícia é Amigos e Museu do Fado recordam Berta Cardoso. No interior da notícia, informa-se da apresentação hoje,...
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MEDIAXXI, NÚMERO 79 Declaração de interesse: sou director da revista. O meu destaque: entrevista de Susana de Carvalho, CEO da JWT Portugal, a Paula Cordeiro, editora da revista. Diz Susana de Carvalho: "Nesta altura, como está tudo praticamente inventado...
- Continue
habito aquele espaço imenso que existe entre o pensamento e ação. aquele momento em que a cabeça te manda fazer coisas, mas o corpo não responde. às vezes, é possível sentir os impulsos sob a pele. enchendo tuas mãos de eletricidade. mas, a falta...
- Open The Box
Trilha sonora para este post: Scatterheart Björktradução -> aqui! Be careful... ...maybe you'll not survive! A menina acordou assustada. O ruído vinha de dentro do guarda-roupa. Como sempre, os maiores medos estão guardados dentro do armário....
- No Fundo Do Poço...
- Ei, tem alguém aí? Foi a primeira coisa que me veio a cabeça gritar. E... nada! Nada mesmo, nem um eco. Nem estática. Nada. Um nada vazio e absoluto. Para falar a verdade, nem o grito saiu. Foi só um intento. Um impulso. Um esgar. Uma tentativa,...
Coisas e Coisas
As vezes, o silêncio... ou ... um post muito romântico!
Abriu os olhos.
Branco.
O teto não lhe dizia nada.
A mobília não lhe dizia nada.
O cachorro lhe fitava, porém, nada dizia.
O mundo, de um momento para o outro, ficou em silêncio.
Ele mesmo, tentou falar algo e quebrar com a estática.
Nada.
Sua vida, agora, estava assim...
Um ruído ensurdecedor de estática.
O mesmo que sair de uma danceteria e seguir sentindo a vibração da música que não existe mais.
Levantou-se da cama, apavorado.
Correu até a janela.
Estática.
Ligou a TV.
Estática.
Arrastou os móveis.
Estática.
Chutou o cachorro.
Quebrou a cama.
Abriu o chuveiro.
Estática.
Estática.
Estática.
Sempre a maldita estática.
Não era possível.
Não era normal.
Tentou lembrar-se do que havia ocorrido no dia anterior.
Talvez isto lhe desse uma pista do que havia acontecido.
Nada chamava-lhe a atenção.
Era apenas a sua vida normal.
Levantar. Escovar os dentes. Comer. Dar aulas. Conversar com os amigos. Almoçar. Aula de Italiano. Dentista. Teria sido a broca? Não... Depois ainda teve o cinema. Filme ruim. Dinheiro jogado fora. Mas, pelo menos ainda ouvia o que os atores falavam. Talvez, essa estática, nessa hora, não tivesse sido tão ruim. Barzinho. Foi ontem? Não. Ontem nem bebido tinha! Foi ao shopping. Passear pela livraria. Um lanche. Outro. Depois reclama do peso. Um flerte. Ahhh, houve o flerte! Claro! A troca de telefones.
O sorriso!
A reciprocidade!
Existe coisa melhor do que um belo sorriso?
Existe, claro.
Existe o olhar certo.
Existe uma nuca certa.
Existe um nariz certo.
Existe um gosto certo.
O PH perfeito.
Mas um bom sorriso é um ótimo começo.
Depois do sorriso, um encontro perto do caixa.
Logo na hora de sair. É necessário parar de conhecer as pessoas nas horas erradas.
Um pequeno papo.
A troca de telefones.
Outro sorriso.
Um olhar de quem não quer ir embora.
Uma distância que vai crescendo aos poucos.
Uma sensação boa que fica.
O sono tranquilo.
E acordar assim?
Como?
É urgente fazer algo.
Pegar o telefone.
Estática.
Discar os números.
Estática.
Estática.
Estática.
Esperar que esteja tocando.
Estática.
Estática...
Ouvir um alô!
Ahhh...
Nem tudo é silêncio!
PS: Estou viajando... por isso, desculpem a falta de postagens... se quiserem saber algo sobre minhas viajens, clic aqui!
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- Museus - 2
No Público de hoje, em peça não assinada [take da Lusa], dá-se conta de uma exposição sobre a fadista Berta Cardoso. O título da notícia é Amigos e Museu do Fado recordam Berta Cardoso. No interior da notícia, informa-se da apresentação hoje,...
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MEDIAXXI, NÚMERO 79 Declaração de interesse: sou director da revista. O meu destaque: entrevista de Susana de Carvalho, CEO da JWT Portugal, a Paula Cordeiro, editora da revista. Diz Susana de Carvalho: "Nesta altura, como está tudo praticamente inventado...
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habito aquele espaço imenso que existe entre o pensamento e ação. aquele momento em que a cabeça te manda fazer coisas, mas o corpo não responde. às vezes, é possível sentir os impulsos sob a pele. enchendo tuas mãos de eletricidade. mas, a falta...
- Open The Box
Trilha sonora para este post: Scatterheart Björktradução -> aqui! Be careful... ...maybe you'll not survive! A menina acordou assustada. O ruído vinha de dentro do guarda-roupa. Como sempre, os maiores medos estão guardados dentro do armário....
- No Fundo Do Poço...
- Ei, tem alguém aí? Foi a primeira coisa que me veio a cabeça gritar. E... nada! Nada mesmo, nem um eco. Nem estática. Nada. Um nada vazio e absoluto. Para falar a verdade, nem o grito saiu. Foi só um intento. Um impulso. Um esgar. Uma tentativa,...