Coisas e Coisas
Uakti
Nesta última semana que se passou, participei de três eventos memoráveis: assisti o Cirque de Soleil, reuni com meus amigos e tocamos de uma forma que me senti músico pela primeira vez e... assisti ao show do Uakti no gramado da reitoria. O reitor atual parece estar desejando montar espetáculos à frente da reitoria ultimamente. Mês passado reassisti a também fabulosa peça "Um Molière imaginário", apresentada pelo grupo galpão. Mas falarei aqui sobre o Uakti. Já conhecia a banda mineira famosa por seus instrumentos próprios e cheguei a assistir um de seus shows há mais de dez anos. Portanto, não me lembrava muito bem. O show é maravilhoso, as músicas são espetaculares e percebe-se indubitavelmente a musicalidade e a arte que esses caras fazem. Reza a lenda, que o Uakti era um ser que tinha o corpo repleto de furos que quando eram atravessados pelo vento, emitiam sons tão belos que encatavam as mulheres das tribos indígenas próximas. Os homens desta tribo então perseguiram e mataram o Uakti, impiedosamente. Acontece que no mesmo local onde este ser perecera, nasceram palmeiras que foram posteriormente utilizadas pelos índios para fazer flautas. Tais flautas, tinham o som tão encantador que continuaram atraindo as mulheres. A música seria, portanto, apenas uma expressão sexualmente encantadora do corpo do Uakti.*
Muito bem. O show então começa e instrumentos dos mais diversos são tocados com exímio pelos músicos. Altenando-se entre um xilofone e uma marimba, os músicos tocam também canos de PVC afinados para terem sons de baixo. Na bateria, o sujeito que formou como doutor em música pela UFMG retira sons espetaculares. O instrumento que tem uma água caindo faz um som maravilhoso e ao regular o tanto que a água cai, encontram-se as notas musicais. Um instrumento que parece um acordeon primitivo tem uma manivela que roda passando cordas e o sujeito toca um teclado escolhendo as notas que devem sair.
Guardadas as devidas proporções, este foi o show ao vivo que assisti mais próximo de um Pink Floyd. Percebe-se, nesse sentido, o objetivo dos músicos em criar sons novos com instrumentos que talvez, se escutássemos sem vermos, ficaríamos sem saber qual exatamente seria o instrumento que está sendo tocado. Há uma arte musical lírica, um gosto pelos sons e uma sensibilidade sonora altamente apurada. Enfim, sensacional!
* A Bellinha que me contou isso, valeu Bellinha!
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