Tô rico, tô rico!
Coisas e Coisas

Tô rico, tô rico!


Hoje eu estou feliz. E estou feliz apesar de nem ter dormido direito por três noites seguidas, fato que normalmente me deixaria de mau humor. A última madrugada passei em frente ao computador, embriagado de tanto café e escrevendo um frila inesperado. E o melhor: por uma boa grana, coisa rara, mas que vez ou outra acontece. É como comer picanha na churrascaria barata que eu freqüento. O garçom raramente passa com uma no espeto pela minha mesa, mas vez ou outra acontece.

E por que será que esses frilas pintam aos 40 minutos do segundo tempo? São sempre para ontem. Deadline apertadíssimo, alerta o editor. Nos fazem parar tudo, sacrificar horas de sono, mas valem a pena. Tudo pela sobrevivência.

Quem também ficará feliz com essa grana extra é o Nestor. Ele vai ganhar até uma cama nova, ou melhor, vai ganhar a primeira cama dele aqui no meu apê, com direito a um cobertor zero bala e sem pulgas, para enfrentar as noites de inverno.

Seu Vitório, o velhinho que aluga o apê de 49 metros quadrados para mim, é outro que vai comemorar. Para minha desgraça, ele mora no mesmo prédio. “Já arrumou um trabalho, meu filho?”, me pergunta sempre, em nossos encontros casuais no elevador. Acho que ele andou remexendo o roteiro da minha vida e roubou essa fala do meu pai, dita tantas vezes em minha juventude.

O frila não valeu apenas pela grana boa. Era uma reportagem instigante para uma conceituada revista feminina, se é que isso existe. O tema? As mulheres que comandam o mercado de sexo nas ruas de São Paulo. A arte de proxenetar não é mais uma exclusividade daqueles cafetões truculentos e insensíveis. Conheci mulheres que começaram por baixo, literalmente, e hoje são verdadeiras executivas. Me deu até inveja dessa ascensão profissional toda.



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