RELATÓRIO DA ERC SOBRE PLURALISMO POLÍTICO
Coisas e Coisas

RELATÓRIO DA ERC SOBRE PLURALISMO POLÍTICO



Já está na internet o relatório da ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) sobre a avaliação do pluralismo político-partidário abrangendo os serviços de programas do operador público (RTP1, RTP2, RTPN, RTP Madeira e RTP Açores), tendo sido analisadas 3229 peças de Setembro a Dezembro de 2007. Na página xii do extenso relatório de 339 páginas lêem-se as principais conclusões do relatório:
Trata-se de um importante estudo feito por técnicos muito qualificados da ERC (ficha de nomes nas páginas 6 e 7). Duas principais críticas a ele são o escasso período de análise (quatro meses no máximo) e a redução da análise do pluralismo político aos canais do Estado, limitações que serão rapidamente resolvidas, segundo informação que obtive. Os canais comerciais e de cabo serão próximo objecto de análise de resultados e ao longo de todo o ano civil. Uma outra crítica - externa, se quisermos - é a da falta de identificação de movimentos sociais (de causas, de ambiente), a qual resulta da sua não inclusão, dado ser definido o conceito de pluralismo político-partidário - e que constitui aquilo a que se chama de espaço público moderno ou novos espaços de cidadania.

Algumas pequenas notas, a partir da síntese acima identificada e de um relance ao conjunto do documento: 1) a televisão pública na Madeira parece ser a mais imparcial, apesar do peso de Alberto João Jardim (ou por causa disso), 2) o PS enquanto partido não tem actividade, situado que está no poder, sinal que ilustra bem (mal) a participação cívica nacional, 3) a sub-representação do PSD pode dever-se ao próprio partido e não a factores exógenos, 4) é difícil avaliar programas não diários como o Prós e Contras em termos de equilíbrio partidário como o estudo se propôs fazer (ou até programas de informação diária, como quando se lê na página 10: no "Telejornal da RTP1, cerca de 79% das peças emitidas nesse bloco informativo não cabem no âmbito da avaliação do pluralismo político-partidário, não sendo, por conseguinte, abrangidas pelo modelo aplicado às peças sobre o Governo e os partidos políticos").



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