Coisas e Coisas
AINDA A ERC
O texto de Eduardo Cintra Torres hoje no Público é demolidor relativamente ao documento da ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) - e que eu referi aqui ontem e que foi tema de debate no último programa televisivo do Clube dos Jornalistas, no qual eu participei - designado Avaliação do pluralismo político-partidário na televisão pública. O título do artigo de Cintra Torres, que ocupa duas páginas, tem um título significativo: O "terrorismo virtuoso" da Entidade Reguladora.
A argumentação do crítico de televisão é sólida e será, com certeza, objecto de acesa discussão nos próximos tempos. Retiro um pequeno excerto do texto: "Segundo informações que recolhi, na redacção da RTP esta «avaliação» quantificada pela ERC é considerada por muitos jornalistas como um condicionamento prévio, ou, dito de outra forma, como uma autocensura imposta". Antes, escrevia o crítico: "O jornalismo é transformado nos números da ERC, isto é, um organismo criado pelos partidos e comandado pela acção histriónica de Estrela Serrano, que foi «militante activíssima» do partido do Governo, como me disse quem com ela trabalhou há muito tempo".
Por estas frases, julgo voltarmos à discussão havida em Agosto último (a propósito dos incêndios na floresta e do "apagamento" informativo da RTP). Então, eu considerei ter havido um extremar de posições, tendo Cintra Torres e a ERC saídos beliscados, em especial a imagem externa da ERC (na luta entre o crítico e a entidade aquele parece David a lutar contra o poderoso Golias).
Nota: ainda a propósito do debate televisivo, o que eu pretendia saber sobre o custo do trabalho agora a iniciar pela ERC - e já objecto de tão elevada polémica - era distinguir, na minha óptica, aquilo que se pretende ser serviço próprio da entidade reguladora e eventual serviço prestado por fornecedores. Pelas minhas contas, o trabalho vai ocupar três técnicos da ERC, num total de seis. Não estou a referir aos custos fixos, pois, como Estrela Serrano disse, há o orçamento da ERC. Contudo, com metade dos técnicos ocupados com este trabalho, o que se pode fazer relativamente aos outros media, como a rádio, a imprensa, a internet e a televisão privada? A defesa que fiz no programa é que o trabalho poderia ser desenvolvido pela Marktest (ou por uma empresa de análise de conteúdo).
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