REFÚGIO
Coisas e Coisas

REFÚGIO

















Cai a noite, sopra o vento
Nas paredes da cabana;
Na lareira, um fogo lento
E o calor da sua chama.

Através duma vidraça
Vejo a neve, branca e fria,
Como manto, que ultrapassa

O sonhar da fantasia.

Chega o sono, no conforto
Do silêncio, que rodeia
Toda a vida desta aldeia.

Como barco num bom porto,
Ao abrigo das marés,
Sinto paz, mais uma vez.


VITOR CINTRA

do livro " Entre o Longe e o Distante "



loading...

- Delfina
Filha de Delfos, que fazes No topo dessa colina?... Teus olhos são bem capazes De te tornarem menina, Na busca do tal momento, Que chega na voz do vento. . Se Pítia te lançou já O Dom do seu vaticínio, Só o futuro dirá Se é bom, ou mau, reciocínio...

- Longe
. . . . . .. Entre o longe dos teus olhos E a distância das raízes, Lembro dias bem felizes Longe deste mar de escolhos. . Lembro um tempo, sem idade; Julgo ouvir-te e o que me dizes. - Turbilhão de tantas crises, Toda a minha mocidade-. . Vejo,...

- Inverno
INVERNO Vestida está, de branco, toda a serra, Prenúncio do Natal que se aproxima; O vento, que nos sopra lá de cima, É gelo que fustiga toda a terra. O fumo que se escapa de repente, Do topo duma ou outra chaminé, Indica que a aldeia põe-se a...

- Tu És ... Vitor Cintra
TU ÉS A nuvem que passa no céu do meu sonho, O vento que sopra a seara do amor, O fogo que queima as entranhas da dor, A chuva que lava o meu mundo bisonho. Tu és O sol que, num mito, me aquece o prazer, A noite estrelada que me há-de sorrir, A...

- Balada Da Neve
Hoje dia de Natal, veio-me à memória a “Balada da Neve”, o primeiro poema que aprendi na escola primária, um poema triste que sempre me enterneceu. Não me saiu da cabeça o dia todo, recitei-o baixinho vezes sem conta e, logo que pude, vim publicá-lo...



Coisas e Coisas








.