LONGE
Coisas e Coisas

LONGE




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Entre o longe dos teus olhos
E a distância das raízes,
Lembro dias bem felizes
Longe deste mar de escolhos.
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Lembro um tempo, sem idade;
Julgo ouvir-te e o que me dizes.
- Turbilhão de tantas crises,
Toda a minha mocidade-.
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Vejo, imagem da saudade,
O teu rosto, sorridente,
Que me anima docemente;
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E, vivendo a crueldade
Dum deserto de distância,
Sinto a dor da minha ânsia.
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VITOR CINTRA
do livro " Entre o Longe e o Distante "




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- DedicatÓria
. Nestes poemas que escrevo, Há muito mais que saudade, Há protestos, há enlevo, Há paixões que trago e levo, Lembranças da mocidade. . Muitos falam de alegrias, Quantos de mágoas, também, Outros lembram-me bons dias, Terras, gentes, nostalgias...

- Agonia
(imagem recolhida na internet). Sinto rasgos de ternura Ao ouvir coisas da vida, P'ra sentir, logo em seguida, Muitos outros de amargura; . Quantas vezes, por saudade Do que resta na distância, Não apenas na infância Mas também na mocidade. ....

- Imagem
Teus olhos rasgados, Castanho-dourados, São lindos! São sonho! São doce promessa Que a vida começa Num rosto risonho. . Teus longos cabelos, Sedosos e belos, São asas ao vento, Voando à procura De doce loucura, Dum encantamento. . Teus lábios...

- Abro-me
  Abro-me! E, olhando o céu, me vou, ave sem asas ao sabor da aragem que o pensamento me sopra, inconstante e leve, rumo ao azul; Mergulho infinito ao meu eu interior. E já não estou! E já não sou senão a projecção do longe, que absorve...

- Marcas
Revestem-se de mágica teus sonhos, Na ânsia de apagar a realidade E pôr bastante longe a fealdade E a dor, de tantos dias tão tristonhos. Arredam-se da mente, nessa ânsia, As mágoas dos abusos, tão sofridos, Sevícias e queixumes, doloridos,...



Coisas e Coisas








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