Presépio tradicional português
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Presépio tradicional português


Segundo a tradição católica o presépio surgiu no século XIII, pela mão de S. Francisco d’Assis que quis celebrar o Natal da forma mais realista: montou um presépio de palha, com uma imagem do menino Jesus rodeado de animais reais.O sucesso desta representação na noite de Natal de 1223 foi tal que rapidamente se estendeu por toda a Itália e posteriormente pela Europa e América Latina. Na Espanha, a tradição chegou pela mão do monarca Carlos III, que a importou de Nápoles no século 18. A sua popularidade nos lares espanhóis e latino-americanos estendeu – se ao longo do século 19 e na França nos inícios do século 20.
Presépio Tradicional Português:
Em Portugal, o presépio tem tradições muito antigas e enraizadas nos costumes populares. É montado no início do Advento sem a figura do menino Jesus que só é colocada na noite de Natal, depois da Missa do Galo. Tradicionalmente, é perto do presépio que são colocados os presentes que são distribuídos depois de se colocar a imagem do Menino Jesus. O presépio é desmontado a seguir ao Dia de Reis.
O Presépio Tradicional Português é, ao contrário do que encontramos nos outros países, formado por figuras tão diversas que não correspondem exactamente à época que deveriam representar. À excepção das figuras da Sagrada Família (São José a Virgem Maria e o Menino Jesus), dos pastores e dos Três Reis Magos, todas as restantes figuras que surgem no Presépio Tradicional Português foram adicionadas com vista a dar uma representação "mais portuguesa" à história da Natividade. Assim, podemos encontrar figuras como: um moleiro e o seu moinho, uma lavadeira, alguns bailarinos de um ranchos folclóricos, uma mulher com um cântaro na cabeça, entre muitos outros personagens divertidos e tipicamente portugueses. A origem destas peças é da Região do Norte de Portugal e, ainda hoje, são todas produzidas com origem artesanal.
Por sua vez, no Alentejo o Presépio mais característico é o de Estremoz.
As cenas da Natividade de setecentos, modeladas ao modo de Estremoz, resultam do trabalho das barristas de adaptação ao gosto e tradição local, dos grandes Presépios realizados em barro por artistas como Joaquim Machado de Castro
Durante o Regime do Estado Novo aos bonecos de Estremoz é dado um novo alento, conhecendo os Presépios locais uma fantástica inovação, que substituiu mesmo a antiga tradição.
Nos anos 30, o Director da Escola de Artes e Ofícios local, o gaiense José Maria Sá Lemos, com a preciosa assistência do Mestre Oleiro Mariano da Conceição, junta os famosos Tronos de cascata de santo António, com as principais figurinhas que compõem um Presépio. A cena passa então a ser composta por 9 peças, mais o Trono (ou Altar como alguns lhe chamam), onde estão os três Reis Magos no degrau maior, estando ao meio a Sagrada Família com o Menino dentro da manjedoura, e no terceiro e último degrau estão três Pastores ofertantes. Hoje é este o Presépio que se considera tradicional em Estremoz.



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