Coisas e Coisas
NOITE
Forram-se as noites de Inverno
De chuvas, neves e frio,
E num fragor, quase eterno,
Rugem as águas do rio.
Atrás da porta, fechada,
Uma voz doce, que canta,
Mima a criança ensonada,
Que, a custo, espera pela janta.
E porque a noite é cerrada,
Escura noite de breu,
Sem uma estrela no céu,
Não há nem alma penada,
Que arrisque mostrar ao vento
A força do seu alento.
VITOR CINTRA
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FÚria
Do céu, enquanto raios de desgraça Lampejam, com furor, na noite escura, As núvens, que nasceram ameaça, Derramam-se em torrentes de água pura. . Ressoa, com fragor, por toda a parte, A voz tonitruante de Vulcano, Mais forte que a irada voz de Marte,...
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Apenas Tu....poema De Vitor Cintra
Foste chegando. Insinuante, Meiga. Pé ante pé, Sorriso de alento, Presente, Constante, Invadindo a minha alma. Na voz doce, O mimo e a calma, O auto de fé, Da alma, que é leiga. O fim do tormento. Já nada sobrando Da angústia latente, Qualquer...
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Fonte
FONTE A fonte da minha aldeia Murmura, mas docemente. E tudo quanto a rodeia Provoca em nós a ideia Que canta por 'star contente. Nas noites de lua cheia Co'a gente lá reunida, A noite não se receia, O povo só cavaqueia. A fonte ganha...
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Sensualidade.....vitor Cintra
SENSUALIDADE Caiu a noite! E o marulhar das ondas, Embala em sonhos um amor distante, Que tu desejas, com ardor e ânsia; Mas nesse arquejo da paixão, que rondas, Nem o negrume da saudade errante Encurta o tempo, longo, da distância. Sentindo o...
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Alma Perdida
Alma Perdida Toda esta noite o rouxinol chorou, Gemeu, rezou, gritou perdidamente! Alma de rouxinol, alma da gente, Tu és, talvez, alguém que se finou! Tu és, talvez, um sonho que passou, Que se fundiu na Dor, suavemente ... Talvez sejas a alma, a...
Coisas e Coisas