MARIZA, CANTORA DO MUNDO
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MARIZA, CANTORA DO MUNDO



É, certamente, uma das melhores páginas sobre Mariza, a fadista portuguesa, aquela que aparece hoje num jornal inglês, The Observer. Claro, a razão da página inteira prende-se com o espectáculo que ela vai dar na próxima quarta-feira na magnífica sala do Royal Albert Hall, mas não deixa de ser menos expressivo acerca da popularidade de Mariza.


No texto principal, assinado por Andrew Meldrum, é referida a infância da fadista, vinda de Moçambique com três anos para Portugal (1976) e da sua lenta percepção da importância do fado na vida dela. Na mesma peça noticiosa, é destacada a influência de Amália Rodrigues sobre Mariza, a qual cantou no álbum de estreia (Fado em mim, 2001). Sabe-se do apreço de Mariza por Amália - apresentada no texto de Meldrum como a Edith Piaf de Portugal. Mariza cresceu na Mouraria, ou como diz o texto: "Lisbon's working-class port district, Mouraria, where fado originated in the 19th century". Criança ainda, ouvia os fadistas que actuavam no restaurante dos seus pais, pelo que debutaria aos cinco anos, embora só na adolescência fosse levada a sério. Mas, no seu começo, Mariza começara a cantar música brasileira, jazz, Rolling Stones e Supertramp, entre outros, acompanhando uma banda que actuava num paquete, Foi quando um poeta - o texto não indica quem - a incentivou a cantar fado e em português.

Ora: o que é o fado? É um tipo de canções tristes do Portugal antigo, continua o texto do Observer. Mas Mariza modernizou-o e, sem perder o tom negro das vestes, soube introduzir cor e novidade estética. O que acontece igualmente na música; daí, traduzir uma nova intimidade, dada pelo registo harmonioso da Orquestra Sinfónica de Lisboa, dirigida pelo brasileiro Jacques Morelenbaum. E o convite a mais músicos para a acompanharem no espectáculo de Londres, como o cabo-verdiano Tito Paris e o fadista português Carlos do Carmo.

Mariza - tornada uma estrela de nível mundial ao actuar para uma audiência de 4000 pessoas no Royal Albert Hall - acha que o fado é um meio de comunicação como a CNN, pois pertence a uma mescla de povos, raças e culturas. E salienta a riqueza dessa música triste, que associa jazz, blues e música clássica. Bonito de ler - e de ouvir.



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