Coisas e Coisas
FICÇÃO, NOTÍCIAS E ENTRETENIMENTO: AS IDADES DA TV EM PORTUGAL
Gustavo Cardoso está imparável. O presidente do OberCom - para além de funções docentes no ISCTE e de administração na LUSA - fez publicar, conjuntamente com Sandra Amaral, o working report nº 4 do OberCom, intitulado
Ficção, notícias e entretenimento: as idades da TV em Portugal.
São 38 páginas de sumarenta informação. Escrito numa linguagem elegante, o texto parte de uma análise geracional, em que se entrecruzam as biografias dos media e a memória dos media. Aqui, recordam os autores o romance de Umberto Eco,
A misteriosa chama da rainha Loana, que eu comentei neste blogue: as experiências históricas testemunhadas na juventude, devido aos consumos culturais, como livros, cinema, televisão, música, banda desenhada.
Assim, Gustavo Cardoso e Sandra Amaral traçam, primeiro, as gerações: 1) a nascida entre 1950 e 1966, do tempo do Estado Novo e do surgimento da televisão (paleotelevisão), a minha geração, 2) a geração de transição, nascida entre a revolução de 1974 e a normalização da democracia no final dos anos 1980, com passagem lenta para a neotelevisão, a geração de Gustavo Cardoso, e 3) a geração multimedia, com dualidade de ecrãs, da televisão comercial dos anos 1990, das consolas de jogos e de filmes em DVD, a geração dos nossos alunos.
Depois, o estudo dos programas e a sua repartição por idades. Dos programas, os autores analisam: novelas, séries, documentários, noticiários, desporto, concursos, talk-shows, etc. Por exemplo, quanto às telenovelas, os autores dividem-nas em três tipos: 1) de época, 2) de estilos de vida contemporâneos, e 3) cómicas.
Como grande concusão, Gustavo Cardoso e Sandra Amaral encontram programas mais identificados com os mais velhos, com a geração de transição e com a geração multimedia. A relação entre consumos culturais e género aponta novelas, séries, concursos e talk-shows para as mulheres, enquanto os homens consomem mais humor, documentários, reportagens, noticiários e desporto.
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