CONSUMO EM APPADURAI
Coisas e Coisas

CONSUMO EM APPADURAI



Appadurai escreve sobre consumo, entendendo que este só se torna perceptível quando surge a ostentação. Por outro lado, o consumo é habituação através da repetição. O centro das práticas do consumo é o corpo, por exemplo o comer.

O consumo contribui para um marcador fenomenológico do tempo que o trabalho deixa de fora. O consumo vê-se como intervalo necessário entre períodos de produção. Ou seja, o consumo é o marcador temporal do lazer, do tempo fora do trabalho, é a função civilizadora da sociedade pós-industrial. O consumo torna-se uma forma séria de trabalho, se por trabalho entendermos a produção disciplinada dos meios de subsistência do consumidor. Claro que nasce um paradoxo: as férias são atulhadas de actividades.

Se um sistema de consumo procura libertar-se desse hábito e repetição, ele é empurrado para a estética do efémero, com as características de consumo, moda e prazer. A chave das modernas formas de consumismo é o prazer, não o lazer ou a satisfação. O efémero é a disciplina do consumidor moderno. O consumo cria tempo mas o consumo moderno substitui a estética da duração pela estética do efémero.

Appadurai reflecte sobre o que chama revolução do consumidor enquanto conjunto de acontecimentos cuja referência principal é a passagem da lei sumptuária para a da moda. Esta é elo entre produção, comercialização e consumo. Em muitas sociedades, importantes ritos de passagem têm marcadores de consumo, agregados em torno da oferta de presentes, caso do Natal.

Leitura: Arjun Appadurai (2004). Dimensões culturais da globalização. Lisboa: Teorema, pp. 95-119



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