Coisas e Coisas
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DOS 50 ANOS DA RTP
Assisti apenas às duas conferências matinais na Gulbenkian.
Primeiro, falou Karol Jakubowicz, do Conselho da Europa. Sob o tema Serviço Público de Televisão: o princípio do fim, ou um novo começo no Século XXI?, ele entende que o serviço público se deve adaptar e modernizar face às necessidades da audiência e às exigências da era digital.
A base do serviço público de televisão - ou PSB em inglês - na Europa residia em dois modelos: o anglo-saxónico (Reino Unido e Alemanha) e o latino (França, Itália, Espanha). Este último, que podemos tornar extensível a Portugal, foi perdendo lentamente a tutela governamental mas ainda não adquiriu uma suficiente estabilização.Mais recentemente, trabalha-se com três modelos: 1) neoliberal, para quem não é necessário o serviço público, 2) liberal de rosto humano, que aceita algum serviço público, 3) defensor do serviço público. Tal conduz a uma nova interpretação do serviço público, em três etapas, a última das quais é a mais moderna, tendo em conta a revolução da digitalização: 1) multicanais, televisão a pagamento, mas em que o serviço de canal aberto é dominante; 2) televisão a pagamento dominante, crescimento da largura de banda e declínio do serviço de canal aberto, e 3) largura de banda dominante, e dúvidas acerca da manutenção do serviço de canal aberto e conteúdos locais.
Jakubowicz traça, contudo, um cenário futuro positivo para o serviço público de televisão. Isto apesar dos problemas a resolver nos domínios da tecnologia, conteúdo, financiamento e relação com as audiências. Daí o dar ênfase ao PSM [Public Service (electronic) Media], que inclui programas de interactividade, serviços para audiências específicas e serviços pessoais.Noticiários - tendênciasDepois, o CIMDE, Centro de Investigação Media e Democracia, de Joel Frederico da Silveira, apresentou os resultados de uma investigação sob o título Tendência dos telejornais de horário nobre em Portugal 2002-2006. Envolvendo os canais de televisão de sinal aberto (canais de Estado e comerciais), analisaram-se 294 noticiários entre 2002 e 2006, num total de 11605 notícias. Os investigadores falam em noticiários muito longos, quando comparados com congéneres europeus, o que também se reflecte na duração das peças e no número destas.
Retenho alguns elementos da comunicação do grupo de investigadores: 1) duração dos noticiários tem vindo a baixar, 2) igual diminuição da média de duração das peças, 3) redução do número de histórias de interesse humano, 4) maior destaque à política no serviço público, 5) desporto enquanto categoria temática prevalecente, 6) peso mais elevado de cidadãos como intervenientes nas notícias (11% do total), conquanto haja uma quebra nos anos mais recentes, 7) valência verbal negativa (44%), a que se segue a valência verbal neutra (42%).
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O Contributo De Paquete De Oliveira Para O ServiÇo PÚblico De TelevisÃo
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ServiÇo PÚblico De TelevisÃo (vii)
[Retomo a série de mensagens que escrevi nos dias 1, 2, 3, 4, 5 (primeiro e segundo post) de Setembro de 2009] Em Janeiro de 2009, a Ofcom, regulador inglês das telecomunicações e dos media, editou um relatório intitulado Putting Viewers...
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Defesa Do ServiÇo PÚblico De TelevisÃo
Petros Iosifidis é docente na área de media e comunicação do departamento de sociologia da Universidade de Londres e editor do livro Reinventing public service communication - European broacasters and beyond, agora publicado. Defensor do serviço...
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Media Digitais Em DiscussÃo
Na edição de hoje em papel do Guardian, Ed Richards, director executivo da Ofcom, o equivalente inglês da Anacom, escreve sobre a idade digital. Para ele, o espectáculo de ontem do Capitólio (a sessão da tomada de posse do presidente americano Barack...
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Quando esta semana recebi uma carta e um desdobrável da TV Cabo, a acompanhar a factura da televisão por cabo e da internet, não prestei muita atenção ao seu conteúdo. Só me apercebi do que esses documentos diziam...
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