Coisas e Coisas
CAFÉ
O café - bebida e espaço - constitui uma das coisas mais habituais do mundo. Pelo menos para nós. Um português, onde quer que vá fora do país, tem o "vício" do café. E, regressado a casa, lembra sempre o sabor gostoso do café de máquina, "cheio", "curto", "pingado", "italiana", que se toma no café de bairro ou junto ao emprego.
Mas não só os portugueses. Bryant Simon, um investigador americano andou, durante um ano, a observar o comportamento dos consumidores de café da cadeia Starbucks. O resultado será publicado no livro
Consuming Starbucks, a sair em 2008.
Uma caixa da página do
Observer de hoje sobre o assunto, assinado por David Smith, dá-nos conta da cronologia do café na Europa (ou a partir de olhos londrinos, se quisermos). Assim, no ano de 1554, os cidadãos de Constantinopla abrem lojas de venda de café, chegando os grãos da bebida à Inglaterra em 1652. Na década seguinte, os cafés tornam-se um fenómeno social e, até finais do século, esses espaços são bons locais para trocar informação (Habermas diria que os cafés são locais de manifestação da opinião pública, com a leitura de jornais e discussão dos seus temas). Já por volta de 1700, os cafés entram em queda (presumo que em disputa com o chá, mas o texto é omisso).
A recuperação dá-se nos anos 30 e 40 do século passado, graças a, simultaneamente, um ambiente revolucionário e um fluxo nostálgico. Depois, instala-se a Starbuck, como se houvesse um antes e um depois. Considera Bryant Simon: se a Starbuck não introduziu o café nem o bom café, deu-lhe uma identidade.
Em Portugal, certamente, existem também identidades em algumas marcas: Brasileira, Nicola, Delta. À marca falta o estabelecimento, com identidade forte (tirando a Brasileira). Esperando historiadores e sociólogos do café e dos seus hábitos de consumo.
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