Coisas e Coisas
A história da rádio segundo Álvaro de Andrade (6)
No dia 8 de setembro de 1970, o
Diário Popular editava a sexta história da rádio segundo Álvaro de Andrade. No texto, combinaram-se as duas maiores paixões do jornalista - a rádio, ele que fora funcionário da Emissora Nacional nos seus primeiros anos, e o teatro, ele que foi um persistente organizador de eventos teatrais, dada a sua ligação orgânica aquela indústria criativa.
Álvaro de Andrade, ao recordar a sua intervenção juntando essas duas paixões, convidaria artistas e críticos a pronunciarem-se sobre a representação radiofónica da peça
A Ceia dos Cardeais, de Júlio Dantas, numa espécie de estudo qualitativo de audiências. A peça era interpretada por Alexandre de Azevedo, António Sacramento e Henrique de Albuquerque, belas vozes claras e das melhores de então - 1936. O crítico não encontrava muita diferenciação nas cenas, com pouca
allure (que poderei traduzir por elegância) e vibração. Por exemplo, Alexandre de Azevedo não dava "duplo colorido às frases". Isto é, como a peça só tinha vozes masculinas, graves, falhava a cor do espetáculo que outros tons podiam fornecer. Mesmo o bater de louças e vidros no começo da peça lembrava outra peça, envolvendo comensais velhinhos. A rádio, finalizo, e a propósito do Dia Mundial da Rádio, hoje comemorado, é o conjunto da voz, a palavra e os múltiplos cambiantes sonoros.
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A História Da Rádio Segundo Álvaro De Andrade (10)
Como tenho vindo aqui a publicar, Álvaro de Andrade (jornalista, radialista e homem de teatro) publicou uma série de artigos no Diário Popular sobre os primeiros anos de atividade da Emissora Nacional de Radiodifusão, na época em que ele trabalhou...
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A História Da Rádio Segundo Álvaro De Andrade (7)
Em 1970, numa coleção de artigos no Diário Popular, Álvaro de Andrade escreveu sobre as memórias do tempo em que era colaborador da Emissora Nacional, logo nos seus primeiros anos de atividade. O texto de hoje saiu em 15 de setembro de 1970 e versou...
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A História Da Rádio Segundo Álvaro De Andrade (1)
Álvaro de Andrade não escreveu propriamente uma história da rádio, mas deixou algumas memórias escritas nas páginas do Diário Popular. Procurarei recuperar os seis ou sete textos que editou, a começar pelo publicado a 4 de agosto de 1970. Do que...
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Claques De Teatro
Estou a gostar da prosa do jornalista Álvaro de Andrade (1894-1976) e que deu nome a um largo na zona de Marvila (bairro dos autores de teatro). Álvaro Jorge Vaz Ferreira de Andrade foi jornalista e homem de teatro e também passou pela Emissora Nacional,...
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Teatro RadiofÓnico E TelevisÃo (ii)
[continuação da mensagem de 13 deste mês] O teatro radiofónico, segundo Eduardo Street O livro de Eduardo Street (O teatro invisível. História do teatro radiofónico, com 222 páginas e editado pela Página 4) começa com os programas infantis e...
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