Coisas e Coisas


OFICINA DO LIVRO

Começou por ser uma editora. Agora, comprada pelo grupo JRP, de João Paulo Abreu, a Oficina do Livro quer estender-se às lojas. Para tal, aproveitará as livrarias Notícias, vendidas o ano passado pela Lusomundo a este grupo.

Dia 23 de Fevereiro será a data da abertura da primeira loja no outlet de Alcochete, com uma área de 150 metros quadrados, anunciava ontem o Expresso, em texto de Catarina Nunes. O mais baixo preço por metro quadrado e a nova forma de consumo dos outlets são duas vantagens desses novos espaços - e que eu tenho feito referência aqui no blogue, preparando proximamente mais textos sobre outlets e centros comerciais, a partir de trabalhos de alunos meus.

Com cores predominantes de preto e laranja, haverá dois tipos de lojas Oficina do Livro. As mais pequenas terão cafetarias shop-in-shop, em que o cliente compra o que quer numa máquina; as maiores terão serviço de atendimento. Ao longo de 2005, as lojas Notícias migrarão para o novo conceito: a inicial será a de Almada. E a marca de livros Notícias mudará para Casa das Letras (uma aproximação à já existente Campo das Letras, do Porto). A JRP é ainda detentora das lojas Valentim de Carvalho, actualmente especializada na venda de DVDs, e dos cinemas Castello Lopes.

É curioso assistir ao movimento das livrarias em torno de conceitos de venda. O que quer dizer que o negócio dos livros é bom (ou, pelo menos, há grandes expectativas). Depois da FNAC e de mudanças de conceito na Bertrand, de que a loja no centro Vasco da Gama é um bom exemplo, também a Almedina entrou em tal esforço, com a abertura da loja no centro comercial Atrium Saldanha (Lisboa). Esperemos o que trazem de novo a Buchholz (que terá acabado um processo de mudança de proprietários) e este conceito JRP. Claro que há aqui economias de escala a ter em conta, pois é difícil comparar a FNAC com lojas de bairro como a Barata ou a Buchholz (ou ainda a Centésima página, de Braga, de que falava Luís Santos em recente comentário a um post meu).



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