Coisas e Coisas


FUNÇÃO SOCIAL DA PUBLICIDADE EXTERIOR

maza.jpgEste é o título do capítulo de Marta Pacheco Rueda no livro coordenado por Raúl Eguizábal Maza, La comunicación publicitaria, lançado pela editora sevilhana Comunicación Social, em 2004. Para Marta Pacheco, docente na universidade de Valladolid, a publicidade em locais externos tem uma história rica e importante no país vizinho (e em Portugal, acrescento eu). A autora divide-a em dois momentos distintos: até cerca de 1980 e depois.

No primeiro período, os cartazes (outdoors) não tinham enquadramento jurídico. A sua exposição funcionava sem regras, e promovia publicidade a produtos e marcas comerciais mas também eram usados para as campanhas políticas. Normas mais rigorosas impediriam a publicidade ao tabaco e a bebidas alcoólicas (que não teria uma proibição absoluta e permanente).

1984 é um ano de mudança. A câmara municipal (ayuntamiento) de Madrid adjudica à empresa Cemusa a instalação de equipamentos mobiliários nas paragens de autocarro. O novo conceito de mobiliário tem diversas características: 1) importância do desenho dos suportes, 2) estandartização do formato dos cartazes, 3) redução do período de contratação e surgimento de novos suportes - colunas e mupis, com variantes (painéis electrónicos, relógios), comercializados em diversos circuitos (Pacheco, 2004: 122). Para além da exploração comercial, os novos suportes de comunicação exterior prestam um serviço público - planos da cidade (com informação "você está aqui"), com a rede de transportes públicos, actividades ou serviços culturais ou apenas informativos.

Além disso, as concessionárias dos mupis e dos equipamentos nas paragens de autocarro obrigam-se a adquirir, reparar e limpar os espaços em redor desses equipamentos de mobiliário urbano. Em Espanha, podem mesmo ter espaços de recolha de material a reciclar, como garrafas e pilhas. E instalarem elementos de sinaléctica: sinais de tráfego, papeleiras (p. 125).

Existe, assim, a concretização de três elementos: 1) comodidade (bancos e protecção contra a chuva nas paragens dos autocarros), 2) informação, 3) contribuição para a conservação do meio ambiente.

mupi.JPGmupi1.JPG

Leitura: Marta Pacheco Rueda (2004). "La función social de la publicidad exterior". In Eguizábal, Raúl (coord.) La comunicación publicitaria. Antecedentes y tendencias en la sociedad de la información y el conocimiento. Sevilha: Comunicación Social. 140 páginas; preço aproximado: €11,45.



loading...

- Convocatoria De ArtÍculos
Cuadernos de Información Nº 28, junio 2011. Dossier: Políticas Públicas y Comunicación. El próximo número de Cuadernos de Información, el journal académico editado por la Facultad de Comunicaciones de la Universidad Católica de Chile, incluirá...

-
PICCADILLY OR PORTUGAL? A publicidade exterior em Portugal é basicamente feita nos mupis e nos outdoors. Em Londres, aproveitando a enorme frota de autocarros e de táxis (cabs), a publicidade é feita nestes veículos. Se, neste momento em Portugal,...

-
OBRIGADO PELO COMENTÁRIO DE HUGO NEVES DA SILVA Apesar de estar na coluna dos comentários a um post que coloquei ontem sobre os outdoors da MCO-TVI, quero relevar para esta parte nobre do blogue o comentário de Hugo Neves da Silva, a quem agradeço...

-
INVESTIMENTO PUBLICITÁRIO EM OUTDOORS Segundo o último anuário do Obercom, o investimento publicitário em outdoors no ano de 2003 foi de €200,1 milhões (em 2002, atingira €171 milhões), o que confere a esta forma de publicidade o terceiro...

-
NOVAS TECNOLOGIAS E CONSUMO DOMÉSTICO (III) [continuação das mensagens de 7 e 9.9.2004] Economia moral do lar [texto editado no capítulo que escrevi para a obra organizada por Carlos Leone, 2000, Rumo ao cibermundo?] O lar apresenta-se como...



Coisas e Coisas








.