Coisas e Coisas
CIDADE CRIATIVA (II)[continuação da mensagem de ontem]
O objectivo do trabalho da turma foi olhar este conceito (cidade criativa) e aplicá-lo a: 1) Lisboa, como constituída por bairros criativos, que dinamizam o espaço urbano e o tornam interessante, atractivo, competitivo e educador, e 2) com objectivos e resultados económicos.
O terceiro conceito –
cadeia de valor – aplica-se às indústrias culturais (media, actividades de reprodutibilidade técnica como o cinema ou a indústria discográfica). Na cadeia de valor, uma empresa ocupa uma posição face a fornecedores, a montante, e a clientes, a jusante. No cinema, por exemplo, a cadeia de valor decompõe-se em: 1) pré-produção, 2) produção, 3) pós-produção, 4) gestão do catálogo/gestão de activos, 5) agregação, marketing e distribuição, 6) entrega e exibição.
Trabalhos da turmaDelinearam-se, a partir de um objectivo comum e baseado em conceitos mencionados, trabalhos individuais.
Estudaram-se: 1) espaços maiores, tipo bairro criativo, 2) instituições de grande dimensão, e 3) entidades pequenas, no sentido de ver as correlações entre elas. Dos trabalhos das(os) alunas(os), escolhi quatro exemplos: 1) Bairro Alto (Raquel Leal), 2) Culturgest (Soraia Bragança), 3) Zona ribeirinha (Pedro Correia), 4) Danças na cidade (Joana Pinto).
a) Bairro Alto. No Bairro Alto, as indústrias criativas mais notórias são a publicidade e as actividades gráficas. Detecta-se uma interdependência entre elas. Incluem-se ainda as artes e ofícios, moda, exposição e comercialização de arte, ensino das técnicas e artes teatrais, ensino da música, práticas de expressões corporais como dança, ioga, tatuagem e piercing, design e comercialização de diferentes produtos considerados alternativos como discos de vinil ou comida vegetariana. Há a pretensão de captar públicos, expor, vender e promover(-se). O que é diferente e alternativo atrai tipos determinados de públicos (estudantes, turistas). Assim, estabelece-se no bairro uma comunicação implícita de excentricidade e de diferença, para além da marca cosmopolita e internacional.
b) Zona ribeirinha de Lisboa. Uma cidade criativa tem estrutura económica, comunidade social, ambiente projectado e ambiente natural. Na cidade, distinguem-se: centro, outras zonas residenciais, subúrbios residenciais, subúrbios industriais e residenciais, periferia. No caso estudado, olhou-se para a zona central perto do centro de Lisboa – zona ribeirinha do Tejo. Lá reúnem-se escolas ou universidades de ensino técnico e/ou artístico (IADE, joalharia, design), locais museológicos de elevado nível (museus, Jerónimos), centros de exposições e congressos (CCB), livrarias, lojas, bares e restaurantes.
[continua]
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