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Hoje me deu vontade de escrever Escrever não sei o quê, mas pra você Hoje me deu vontade de te abraçar De me perder em teus braços De me envolver em abraços Hoje me deu uma grande saudade Uma enorme vontade De me fundir em você ...
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Coisas e Coisas
Uma carta
Eu queria escrever uma carta de amor. Uma carta daquelas como se fazia antigamente. Em um papel especial, cheirando a novo. Sentindo a necessidade de caprichar na letra para, antes de tudo, não parecer desleixado.
Eu queria escrever uma carta que fizesse o coração de quem a recebesse bater acelerado. Que fosse uma surpresa encontra-la na caixa do correio. Que criasse ansiedade para ser aberta e que, talvez, algumas lágrimas quando lida.
Uma carta de amor não para contar notícias. Aliás, para contar nada. Uma carta escrita apenas pelo prazer de colocar no papel as sensações que tenho quando penso em quem a receberá.
Eu sei que já foi dito que todas as cartas de amor são ridículas. E também sei que essa afirmação tem um fundo de verdade. Mas é exatamente por serem ridículas que as cartas de amor são, cada vez mais, imprescindíveis.
Eu queria escrever uma carta de amor ridícula. Uma carta que só pudesse fazer sentido para nós. Que contivesse milhares de informações aparentemente desnecessárias. Que fosse uma absoluta perda de tempo. Uma carta que teria como único motivo o desejo que eu sinto de me aproximar de você.
Eu queria escrever uma carta que pudesse mostrar um lado meu que eu não consigo mostrar no dia a dia. Que fosse mais verdadeira que as ações. Que fosse mais linda que todos os poemas já escritos.
Eu queria escrever uma carta de amor para você.
O dia em que soubermos amar, eu farei...
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