Coisas e Coisas
- Padrões Gerais Nacionais
Eu tava conversando com o francês gente-boa outro dia. Não lembro o nome dele, mas ele é chegado da galera e já foi no Brasil, diz que o melhor amigo dele é brasileiro e tal. Sem dúvida ele conhece um pouco da nossa cultura. Ele morou também nos...
- Envolvimentos Virtuais
É perfeitamente aceitável que pessoas esmagadas pela rotina, e pelo cansaço procurem se evadir de alguma forma. São as telenovelas, os reality show o footbaal e a internet, que proporciona uma nova forma de relacionamento. Na internet podemos conhecer...
- Recuperemos O Nosso Presente E Conquistemos O Futuro
Salvador Dali Recuperemos o Nosso Presente O presente é o nosso principal «activo» é assim porque nos pertence plenamente. É verdade que, por vezes, há circunstâncias que não favorecem um presente cómodo, mas não é por isso que vamos renunciar...
- Dá Licença, Velhinho!
Repost de Ano Novo Trilha sonora para este post: Hay que empezar otra vez! Célia Cruz - Dá licença, velhinho! - Mas, hein? - Dá espaço... preciso passar! - Eita, pra quê tanta pressa? - Tenho que entrar, tenho que entrar... - Sempre assim... -...
- Hein?
- Pega aqui, ó! - Hein? - Aqui, ó.... devagar. - Ah tá! - Isso, assim... - Assim? - Ãh ran! - E agora? - Agora puxa... de - va - gar - zi - nho.... - Assim? - Isso... de novo! - De novo? - Sim... vai ter que fazer muitas vezes isso... - Eu achei...
Coisas e Coisas
Impasse
- Então, adeus...
E ele se foi. Pegou sua mala, abriu a porta e partiu.
Não que isso fosse uma novidade, não era. Desde o início eles sabiam que a estadia seria curta. Afinal, três mil quilômetros os separavam. Decidiram então aproveitar o tempo que passariam juntos. Da melhor maneira possível. Da maneira mais inconsequente que pudessem. Sem pensar no depois... sem pensar na despedida... sem pensar em nada. O fato é que o dia da despedida, embora nunca mencionado, se aproximava. Sempre pressionava os acontecimentos. Sempre os pressionava a fazer coisas que nunca haviam pensado fazer.
E assim eles foram levando...
Pressionados pelo tempo...
Pressionando a vida.
Passearam.
Viajaram.
Conjugaram todos os verbos.
Quase todos.
Tentaram não mentir, mesmo quando as perguntas eram incômodas. Tentaram não ferir, mesmo quando o instinto buscava encontrar uma maneira brusca de terminar com tudo e poupar o espírito. Tentaram aproveitar o melhor e não pensar.
Pensar... Este era um verbo quase proibido. Este era o verbo que os levava para a dura realidade. Este era o verbo que os levava para o início do conto. Pensar, neste momento, era o oposto de viver. E eles tentavam dissociar as coisas... Pensavam em não-pensar... viviam tentando não chegar ao futuro. Mas, o futuro, sempre chega:
- Então, adeus...
- Adeus...
- Vem comigo!
- Não posso...
- Eu sei.
- Fica!
- Não posso...
- Eu sei.
E assim, presos no impasse, eles ficaram...
E ele se foi. Pegou sua mala, abriu a porta e partiu.
Não que isso fosse uma novidade, não era. Desde o início eles sabiam que a estadia seria curta. Afinal, três mil quilômetros os separavam. Decidiram então aproveitar o tempo que passariam juntos. Da melhor maneira possível. Da maneira mais inconsequente que pudessem. Sem pensar no depois... sem pensar na despedida... sem pensar em nada. O fato é que o dia da despedida, embora nunca mencionado, se aproximava. Sempre pressionava os acontecimentos. Sempre os pressionava a fazer coisas que nunca haviam pensado fazer.
E assim eles foram levando...
Pressionados pelo tempo...
Pressionando a vida.
Passearam.
Viajaram.
Conjugaram todos os verbos.
Quase todos.
Tentaram não mentir, mesmo quando as perguntas eram incômodas. Tentaram não ferir, mesmo quando o instinto buscava encontrar uma maneira brusca de terminar com tudo e poupar o espírito. Tentaram aproveitar o melhor e não pensar.
Pensar... Este era um verbo quase proibido. Este era o verbo que os levava para a dura realidade. Este era o verbo que os levava para o início do conto. Pensar, neste momento, era o oposto de viver. E eles tentavam dissociar as coisas... Pensavam em não-pensar... viviam tentando não chegar ao futuro. Mas, o futuro, sempre chega:
- Então, adeus...
- Adeus...
- Vem comigo!
- Não posso...
- Eu sei.
- Fica!
- Não posso...
- Eu sei.
E assim, presos no impasse, eles ficaram...
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- Padrões Gerais Nacionais
Eu tava conversando com o francês gente-boa outro dia. Não lembro o nome dele, mas ele é chegado da galera e já foi no Brasil, diz que o melhor amigo dele é brasileiro e tal. Sem dúvida ele conhece um pouco da nossa cultura. Ele morou também nos...
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