Coisas e Coisas
SOBRE VENDA DA MÚSICA
O jornal New York Times do passado dia 12 (artigo de Ben Sisario) deu conta dos novos modos de vender música. No caso do novo álbum de Dave Matthews Band (
Big Whiskey and the GrooGrux King), à normal versão do CD, com 13 canções, juntam-se a versão luxuosa, que inclui um DVD, e a versão super-luxo, com quatro canções extra, um livro de fotografias de 40 páginas e 14 litografias e 24 páginas de tributo a LeRoi Moore, o saxofonista da banda que
faleceu o ano passado. Mas se comprar no sítio da banda (davematthewsband.com), cada CD vem com um disco ao vivo adicional. Igualmente online, o iTunes vende a versão standard por 10 dólares, mas pode comprar-se um outro CD por 20 dólares que inclui mais canções e um vídeo.
Isto é, a indústria da música adapta-se a um mercado em transformação e um álbum já não é uma discreta colecção de canções mas um pacote que muda de dimensão e preço, dependendo do seu conteúdo. Até a promoção alterou, com um labirinto de empresas a comercializar o produto cultural - da Amazon.com e iTunes à Rhapsody, Wal-Mart e Verizon Wireless. Explica Ben Sisario que, com a depressão, as etiquetas inventam alternativas para darem conteúdos diferentes, e os contratos estabelecidos agora estipulam o acompanhamento de canções adicionais como modo de promover as vendas. Há artistas e músicos não satisfeitos, obrigados a incluir material musical possivelmente não tão bom como o que destinavam para os álbuns, mas aceitam, dado o mercado ter diminuido, desde 2000, na ordem dos 45%.
Claro que a estratégia de canções adicionais já vem do tempo das músicas do lado B. Mais recentemente, os Beastie Boys deram um extra na reedição do seu álbum de 1992
Check Your Head: sem aviso prévio, incluiram canções novas em cópias ao acaso na versão de luxo, o que levou a uma corrida ao disco.
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