Coisas e Coisas
RESPEITO
.Pelas beiras dos caminhos
Sabe Deus quantos velhinhos
Andarão neste Natal,
Sem que o mundo à sua frente
Lhes prometa que o presente
Não será sempre o normal.
.
Quando o hoje é semelhante
Ao passado, já distante,
Como o ontem foi igual,
O futuro não existe
Num presente, que é tão triste,
Sem prever melhor final.
.
O saber de muitos povos
Determina que os mais novos
Reconheçam ao idoso,
Na velhice, ter direito
A viver com mais respeito
E uns anos de repouso.
.
Mas serão tão atrasados
Esses povos, apontados
Como gente mais selvagem?...
Ou será que o Ocidente
Se tornou tão indif'rente
Que recusa aprendizagem?...
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Vítor Cintra
Do livro: RELANCES
Num tempo em que os bens e erário públicos se aproximam da exaustão, mas continuam a ser sugados por gente sem vergonha, sem escrúpulos e sem moral, é forçoso que lembremos aqueles que, apesar de mais necessitados, continuam esquecidos.
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Porto
. Antiga, quer na História, quer na gente, Jamais o teu passado será morto; E, seja no futuro ou no presente, Serás sempre a Invicta, nobre Porto. . Há muitos, muitos anos, junto ao Douro, Fundaram-te, subindo encosta acima; Co' o rio fez-se...
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Pobre....poema De Vitor Cintra
RESPEITO Pelas beiras dos caminhos Sabe Deus quantos velhinhos Andarão neste Natal, Sem que o mundo à sua frente Lhes prometa que o presente Não será sempre o normal. Quando o hoje é semelhante Ao passado, já distante, Como o ontem...
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Nada
Não tenho nada ! Nem terra, nem casa ou pão, Nem mágoa, dor ou paixão, Nem restos de uma ilusão, Nem amizade aos que estão! Não tenho nada de meu! Não tenho nada! Depois de tanto ter tido E o mundo ter percorrido, De haver brocados vestido...
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Destino
DESTINO Eram estas e aquelas,Umas feias, outras belas,Á conquista deste mundo;Procurando o prazer delasNão pensavam nas sequelas,Nem paravam um segundo. Ao chamar-lhe preconceito- Que venceram, por dar jeitoAo viver de libertinas , -Desdenharam por...
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Passagem
PASSAGEM Só eu, que vivo um sonho de gigante, Na pequenez dos versos que componho, Cantando o que é passado, bem distante, E, do presente, o que é apenas sonho; Só eu, que desejei que a lusa gente Se mantivesse nobre, como outrora, E que, na pequenez...
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