Organizações não governamentais e media segundo Sónia Lamy
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Organizações não governamentais e media segundo Sónia Lamy


Em 2007, cruzámo-nos no mestrado dela enquanto arguente da sua dissertação (A presença da AMI nas notícias. O contributo da ONG no discurso sobre Direitos Humanos) (ler aqui). Agora (2015), foi a vez da prova de doutoramento (As fontes não governamentais nos media. As ONG enquanto fontes de informação). 

Em 2007, entre outras coisas, disse: "Trata-se de um capítulo bem construído e aquele em que aprendi mais [capítulo 1 – os direitos humanos e a sociedade]. Foca, nomeadamente, a consciência histórica dos conceitos relacionados a direitos humanos. […] Em Portugal, o sucesso de uma ONG é, simultaneamente: 1) resultado de organizações pequenas mas maleáveis e colocadas no terreno, desburocratizadas e não ligadas a fortes poderes identificados, 2) apoio do Estado (subsídios, participação em comissões, encomenda de estudos). Por outro lado, torna-se essencial uma classificação de ONG e a sua variada origem; por exemplo, a partir de movimentos sociais, grupos de pressão ou resultado de lóbingue. Uma ONG, ao formar-se, tem um ideal, uma causa. Qualquer causa é política. Há que distinguir causa política, no sentido nobre do envolvimento numa causa, e apoio a um campo partidário ou de grupo. [Depois], as ONG em geral sabem da importância do papel dos media e treinam e refinam a metodologia de abordagem aos media. Creio que a AMI [tema do seu trabalho] aprendeu nesse sentido. Qualquer pequena queixa de menor acompanhamento por parte dos media é, certamente, compreendida pela AMI (em especial a área de comunicação)".

Ontem, disse: "A tese está bem dividida em sete capítulos, indo dos temas em geral (jornalismo e ONG) para o seu cruzamento e temas em particular. Saliento o que escreve na p. 3 sobre a compreensão do processo de produção das notícias e o modo com se constrói a agenda e se reflete a realidade. Igual impressão positiva sobre a análise das notícias com vozes não-governamentais tais como ambiente, exclusão social e violação de direitos humanos (p. 152). Destaco igualmente o número de entrevistas feitas (17), como indica na p. 139, valor apreciável. A caracterização que decorre nas pp. 139-145 é clara e sucinta, que saúdo. Gosto ainda das regras para a comunicação das ONG e para a maior pluralidade nas notícias no final do texto".

 

Da esquerda para a direita: Francisco Rui Cádima, Cristina Ponte, Rogério Santos, Carla Cerqueira, Sónia Lamy, António Granado e Vasco Ribeiro (fotografia: Pedro Pereira Neto).



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