LUÍS MONTEZ, HOMEM DA MÚSICA E DA RÁDIO
Coisas e Coisas

LUÍS MONTEZ, HOMEM DA MÚSICA E DA RÁDIO


[a partir de texto editado na revista "Única", Expresso, de 26 de Junho último, com texto de Ana Soromenho e fotografias de Luiz Carvalho, a quem pertence a imagem ao lado]

Para Luís Montez, nunca se consumiu tanta música como agora, mas não através da venda de discos. Os consumidores não gastam dinheiro em discos mas em música ao vivo: como a receita que os músicos recebiam pelos discos baixou, têm de tocar mais. A maior oferta de música ao vivo criou públicos e arrastou patrocínios de marcas (daí festivais como Sudoeste, SuperBock SuperRock, Rock in Rio, nem todos organizados por ele), com artistas ligados a determinadas marcas. Os programadores, as rádios, promovem os festivais e os sucessos dos concertos repercutem-se nas rádios. O negócio da música é do domínio do afecto, da emoção, diz ele; ao contrário do futebol, em que uma equipa ganha e a outra perde, na música todos estão do mesmo lado.

Montez trabalha na área há 20 anos, tendo organizado no seu princípio um concerto dos Xutos & Pontapés e outro com Lloyd Cole and the Commotions. Apesar do público português ser o principal consumidor dos concertos organizados pela sua empresa, 13% dos espectadores no festival do Sudoeste são espanhóis, o que o leva a investir mais em redes sociais. Como recicla os seus conhecimentos? Indo anualmente ao festivais South by Southwest e ao Coachella, ambos nos Estados Unidos.

Homem da música - tem a empresa Música no Coração desde 1991, que promove espectáculos, sete festivais e oito estações de rádio (como Radar, Oxigénio, Marginal, Amália) -, Montez fala dos 620 festivais de Verão que decorrem na Europa, isto é, em oito fins-de-semana. O que quer dizer disputa muito dura, com mercados competitivos na Alemanha, França e Inglaterra. Cabeças de cartaz consegue trazer para Portugal, através de relações de confiança com os agentes das bandas e dos músicos, e porque paga cachês mais elevados. Com os cabeças de cartaz, vêm bandas menos conhecidas, que pertencem ao mesmo agente, mas que podem tornar-se grandes revelações.



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