Coisas e Coisas
KLIMT, KOKOSCHKA, SCHIELE
Gustav Klimt, Oskar Kokoschka e Egon Schiele são apenas três nomes do enorme universo artístico e cultural da Viena que passou do século XIX para o XX. Outros nomes famosos nos domínios da música, do cinema, da literatura e das ciências exactas deram igual destaque à cidade, marcando-a com uma qualidade ímpar, nascendo e desenvolvendo lá o seu trabalho (ou tornando-se cidadãos do mundo): Sigmund Freud, Alban Berg, Arnold Schönberg, Anton Webern, Frtiz Lang, Josef von Stenberg, Adolf Loos, Otto Wagner, Victor Adler, Ludwig Boltzmann, Herman Broch, Alois Riegl, Arthur Schnitzer e Ludwig Wittgenstein. Mas ainda Robert Musil, Wilhelm Reich, Joseph Schumpeter. O edifício da Secession é um dos magníficos exemplos, perto dos edifícios de Wagner e não muito longe do palácio de Beleverde (que são dois), onde a obra de Klimt e dos seus pares pode também ser apreciada.
A obra de Klimt é mais conhecida, do ponto de vista da massificação da cultura (caso da pintura O beijo ou do painel a Beethoven, no edifício da Secession), mas Kokoschka é um pintor que ocupou o lugar de Klimt após a sua morte enquanto expoente máximo vienense. Kokoschka, com uma exposição temporária até 12 de Maio no Belvedere, merece toda a atenção. Um expressionismo forte, uma arte dedicada aos cartazes e às revistas (ver Der Sturm), nus estilizados são algumas das ideias fortes deste pintor que teve uma grande paixão por Alma Mahler. Alma, de vida sentimental atribulada, não terá retribuído; Kokoschka encomendou um boneco que a lembrasse, mas este veio tão tosco que nada a fazia comparar à mulher.
Klimt e Schiele desapareceram em 1918, ficando Kokoschka. Schiele tinha 28 anos, quando começava a ganhar prestígio depois de uma juventude de fortes controvérsias, dividido entre a modelo de alguns dos seus trabalhos (e que já fora de Klimt), Wally Neuzil, e Edith Harm, com quem casaria. Desgostosa, Wally alistou-se na Cruz Vermelha durante a Primeira Guerra Mundial, acabando por morrer de escarlatina na frente dos Balcãs; entre Outubro e Novembro de 1918, Edith e Schiele morriam da gripe espanhola.
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