Coisas e Coisas
INDÚSTRIAS CRIATIVAS
No ficheiro do Tynedale Council sobre indústrias criativas da Scottish Culture Entreprise (texto de 2007), as indústrias criativas incluem: antiguidades, arquitectura, artes performativas, artesanato, design, edição, filme e vídeo, moda, música, publicidade, software interactivo de lazer (caso de videojogos), software e serviços informáticos, televisão e rádio.
Um factor estrutural comum a todas as actividades é a relação com, pelo menos um de, quatro patamares da cadeia de valor, cuja referência é a música: 1) origem do conteúdo (a pessoa que escreve a canção), 2) comercialização dos direitos de propriedade intelectual (agente que arranja uma empresa que grava ou edita uma canção), 3) distribuição (a empresa que produz o CD e o distribui nas lojas), 4) mercados (lojas de venda de discos ou locais de descarregamento pela internet).
Em termos de lucros, o maior lucro vem da parte menos dispendiosa da cadeia de valor. Por regra, é o compositor, cujas ideias criativas são exploradas pelo mercado. Se a margem de sucesso pode ser baixa, há casos em que ela é elevada. O exemplo que vem logo à cabeça é o êxito dos livros de Harry Potter. J.K. Rowling, com um computador portátil numa mesa de café, gerou uma grande riqueza transposta para livros, filmes e brinquedos.
A nível da União Europeia, as indústrias criativas foram reconhecidas como elemento fulcral na sustentabilidade das economias dos Estados membros. Tradicionalmente, as agências governamentais de desenvolvimento têm dado pouca atenção às indústrias criativas. Mas começam a ser despertadas para a importância do contributo das economias a nível regional, melhor qualidade de vida e projecção de imagem positiva de uma região e da sua cultura própria. O documento do Tynedale Council chama a atenção para o impacto em regiões rurais, pois muitas destas indústrias criativas têm uma natureza de pequena escala, não necessitando de grandes infra-estruturas como estradas, fábricas ou centrais eléctricas.
Mensagem de amanhã: INDÚSTRIAS CULTURAIS VERSUS INDÚSTRIAS CRIATIVAS
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