Coisas e Coisas
HANNO HARDT
Hanno Hardt morreu com a idade de 76 anos após um curto período de doença. Hardt foi um conhecido autor da linha crítica dos estudos de comunicação e membro fundador do EURICOM (European Institute for Communication and Culture), onde se pode saber mais em http://www.euricom.si/.
Os seus livros incluem
The American Journalism History Reader, editado com Bonnie Brennen (2010),
Myths for the Masses: An Essay on Mass Communication (2004),
Ferdinand Tönnies on Public Opinion com Slavko Splichal (2002),
Critical Studies in Communication, Media, and Journalism (1998),
Interactions (1998),
Picturing the Past: Media, History, and Philosophy, editado com Bonnie Brennen (1999), e
In the Company of Media: Cultural Constructions of Communication, 1920s-1930s (1999) [ver mais informação aqui].
Ele é, todavia, mais conhecido pelo livro
Critical Communication Studies. Communication, History & Theory in America (1992, 2001). Li-o às parcelas, pois o considerei um livro estimulante mas de entendimento complexo. Abro agora as suas páginas e percorro o índice: 1) definir os conceitos ou matérias: comunicação, história e teoria, 2) descobrir a comunicação: pragmatismo e criticismo social, 3) ignorar a história: investigação dos meios de comunicação de massa e crítica da sociedade, 4) introduzir a ideologia: teoria crítica e crítica da cultura, 5) compreender a hegemonia: estudos culturais, 6) investigação da comunicação entre o pragmatismo e o marxismo. Em suma, Hardt avaliou o desenvolvimento dos estudos de comunicação interligados pelo pragmatismo, pela teoria crítica e pelos estudos culturais, reflectindo a necessidade de colocar a história no trabalho académico e localizar a história do intelectual no contexto de teorias sociais concorrentes.
No capítulo sobre investigação dos meios de comunicação de massa, Hardt deixou páginas importantes sobre Lasswell, Schramm, Lazarsfeld, Hovland, Berelson, Gerbner - afinal os grandes autores das teorias da comunicação nos Estados Unidos até quase à década de 1970. Já no capítulo sobre estudos culturais, ele trabalhou sobre os autores britânicos a partir de Hoggart, Williams, Thompson, num primeiro tempo, e Stuart Hall, logo a seguir. Os estudos culturais, na perspectiva de Hardt, nasciam da tradição literária mais que das ciências sociais e procuraram compreender como se construiu o ambiente cultural de uma sociedade a partir da consciência da classe operária (1992: 178).
Hardt foi professor de comunicação e jornalismo na Universidade de Iowa (Estados Unidos) e de estudos de comunicação na universidade de Ljubljana (Eslovénia). Foi ainda conhecido pelos seus trabalhos de fotografia (35mm, preto e branco).
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