Coisas e Coisas
FRÉMITO
FRÉMITO
Senti teu corpo abrir-se de desejo
No sôfrego trocar de longo beijo,
Fremendo em gesto impúdico de posse,
Disposto a consumá-la, se assim fosse.
O meu, dando resposta ao desafio,
Que o teu, nesse fremir, lhe transmitiu,
Tomou o teu desejo por promessa
E uniu-se a esse frémito, com pressa.
Sem ter em conta os anos decorridos
P'ra lá, do que se diz, ser mocidade,
Entrados já, os dois, na meia idade,
Em louca cavalgado dos sentidos,
Soltámos as amarras do prazer,
Deixando tudo o resto acontecer.
Vitor Cintra
Do livro " Contrastes "
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Gesto
(imagem recolhida na internet). Nesse gesto de carinho, que irradia um perfume a rosmaninho, que inebria, há um corpo de mulher, que me abraça, e um desejo que, ao crescer, me embaraça. . Há um rosto que eu afago, com ternura, e uns lábios que me...
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DÓi....poema De Vitor Cintra
Quero-te tanto que dói!Mas, nesta dor miudinha,Profunda, doce, daninha,Há um encanto d'esperança.Nela tu és, por lembrançaDos tempos da mocidade,O mito da f'licidade,Que o meu desejo constrói. Por cada mulher que vejo,Sinto ternura e...
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Cheiro
Teu corpo, poema ardente. Frenética rima de ais, Aurora, pedindo mais, Com louco vigor, fremente. Teu rosto, sorriso aberto, Promessa, sonho, desejo, Tornando-se a cada beijo Tão quente, quanto tão certo. E o dia feito uma hora, Por entre os ais...
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Cheiro
CHEIRO Teu corpo, poema ardente,Frenética rima de ais,Aurora, pedindo mais,Com louco vigor, fremente. Teu rosto, sorriso aberto,Promessa, sonho, desejo,Tornando-se a cada beijoTão quente, quanto tão certo. E o dia feito uma hora,Por entre os...
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DÓi
DÓI Quero-te tanto que dói! Mas, nesta dor miudinha, Profunda, doce, daninha, Há um encanto d'esperança. Nela tu és, por lembrança Dos tempos da mocidade, O mito da f'licidade, Que o meu desejo constrói. Por cada mulher que vejo....
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