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EDIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE LIVROS EM PORTUGAL: EMPRESAS, VOLUME DE NEGÓCIOS E EMPREGO (2000-2008)
A Edição e Comercialização de Livros em Portugal: Empresas, Volume de negócios e Emprego (2000-2008), de José Soares Neves e Jorge Alves dos Santos, é um documento electrónico disponível no endereço Observatório de Actividades Culturais (OAC), agora divulgado
e onde se aborda a edição e a comercialização de livros em quatro dimensões: número de empresas, volume de negócios, valor acrescentado bruto (VAB) e pessoal ao serviço [tínhamos aqui, em 26 de Janeiro de 2008, feito a divulgação dos primeiros dados do trabalho agora publicitado]. Os dados são apresentados por totais, por escalão de pessoal e por região (NUTS II), variáveis utilizadas pelo INE. As unidades em análise são as empresas cuja actividade económica principal é a edição de livros (edição) ou o comércio a retalho de livros (comercialização). Os indicadores foram construídos pelo OAC a partir dos dados disponibilizados pelo INE no seu portal e na publicação Estatísticas da Cultura 2008. Os períodos abrangidos são, para a edição de livros, 2000-2008 e, para o comércio a retalho de livros, 2004-2008. O projecto agora apresentado é o resultado do estudo concluído em 2009 com o Inquérito ao Sector do Livro que incluiu três fases: levantamento de fontes estatísticas e construção de indicadores; realização de entrevistas a diversos agentes do sector; e inquérito por questionário às empresas de edição e de comercialização de livros. Das conclusões retiro os seguintes dados:
- o número de Empresas em análise mostra uma tendência de crescimento. Em 2008 são 415. A distribuição por escalão de pessoal confirma que a grande maioria, nove em cada 10, são pequenas e muito pequenas com até 9 pessoas ao serviço, o que aliás confirma uma das características das indústrias culturais. Em 2007 e 2008, já de acordo com a nova CAE, nenhuma empresa tem mais de 250 empregados. A estrutura regional mantém-se estável ao longo do período considerado. A maioria está localizada na região de Lisboa (66% em 2008), a que se segue a região Norte (21% nesse mesmo ano). As empresas da edição estão presentes nas restantes regiões, embora em pequenas percentagens. O Volume de negócios evidencia algumas oscilações ao longo da série. Em 2008 o valor é o mais elevado, perto de 404 milhões. Como termo de referência, anote-se que, nesse mesmo ano, o orçamento do Ministério da Cultura inscrito no Orçamento de Estado foi 245,5 milhões. A distribuição por escalão de pessoal, pese embora as limitações impostas pela aplicação das normas de segredo estatístico, mostra que mais de metade do volume de negócios total (63% em 2007, ano mais recente em que tal dado está disponível) se situa nas empresas que têm entre 50 e 249 pessoas ao serviço. A distribuição por região mostra que Lisboa e Norte concentram a parte substancial do volume de negócios. Em 2008 a soma da primeira (60%) com a segunda (34%) representa perto de 94%. Das restantes apenas a região Centro regista um valor com algum peso (6%).
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