Circuito cerebral do amor – O amor é uma droga?
Coisas e Coisas

Circuito cerebral do amor – O amor é uma droga?


O que é o amor? O que nos acontece a nível cerebral quando estamos apaixonados? Terão as emoções uma explicação fisiológica? O processo que as desencadeia terá origens distintas consoante o sexo?
Helen Fisher, antropóloga a nível mundial, observou quarenta pessoas loucamente apaixonadas e foi à procura do circuito cerebral associado a esta paixão. Detectaram actividade em algumas regiões cerebrais muito primitivas, associadas à motivação e não às emoções. Isto leva a crer que o amor romântico é, antes de tudo, um instinto que se desenvolveu há milhões de anos para motivar os nossos antepassados a focarem a sua energia na relação apenas com uma pessoa de cada vez e assim preservar o tempo e a energia do acasalamento.
Tudo o que pensamos, sentimos e fazemos está associado à química cerebral. Sendo assim o amor romântico é certamente químico. Mas a química origina experiências poderosas.
Quando o amor acontece os níveis de dopamina aumentam, provocando-nos sentimentos de exaltação, energia, desejo, atenção focada no ser amado e uma intensa motivação para conquistá-lo. Provavelmente os níveis de serotomina também diminuem, dando origem ao pensamento obsessivo tão característico do amor.
Os indivíduos apaixonados apresentam muitos dos traços comportamentais das pessoas viciadas. Desejam a pessoa amada, mudam o seu comportamento quando estão perto dela, aumentam a sua tolerância em relação a essa pessoa (e então precisam de vê-la, mais e mais), têm uma espécie de síndrome de abstinência quando não estão com ela. E mesmo quando abandonados pelo companheiro podem ter uma recaída.
Em todo o mundo pessoas entram em depressão quando são rejeitadas.
Há também situações em que as pessoas perseguem o parceiro que as rejeitou.
A rejeição romântica pode causar problemas mentais graves que podem ir até a um comportamento criminoso.
Há diferenças na forma como o homem e a mulher se apaixonam. Os homens revelam mais actividade em regiões cerebrais associadas a estímulos visuais e erecção peniana. As mulheres, por sua vez, tendem a revelar mais actividade cerebral em regiões associadas à emoção, atenção e memórias.
Um dos ingredientes que despertam a atracção é o timing. O timing é importante para que homens e mulheres se apaixonem. Temos que estar prontos, disponíveis. A proximidade também é importante. Também tendemos a apaixonar-nos por pessoas com os mesmos antecedentes, valores, interesses, o mesmo nível de inteligência e boa aparência.
Mas o mais importante, homens e mulheres tendem a apaixonar-se por pessoas que se enquadram no «mapa do amor» uma vasta e inconsciente lista de traços que procuramos no nosso parceiro. Diz-nos Helen Fisher que esses mapas individuais se desenvolvem durante a infância e vão-se modificando ao longo da nossa vida, mas é ele que nos guia na busca por um parceiro.



loading...

- Paixão E Amor
O amor é o que nos faz felizes, é ele que sempre buscamos ao nos relacionarmos afetivamente com pessoas. Mas a ocorrência de paixões de um lado e de outro são inevitáveis... Como resolver este dilema? Qual o grau necessário de uma paixão para...

- Sensibilidade Feminina
A sensibilidade (feminina) a ambientes, pessoas, climas e situações é, simplesmente, a sensibilidade que se quer ter. É simples: sente-se bem quando se está bem, alegre, radiante; sente-se mal quando se está mal, confuso, incomodado. Culpa-se a...

- Inteligência Emocional/educação Emocional
Inteligência emocional é um conjunto específico de aptidões utilizadas no processamento e conhecimento das informações relacionadas à emoção Daniel Goleman, no seu livro, qualifica a Inteligência Emocional em cinco áreas: 1. Auto-Conhecimento...

- Novo Mundo
Mark J. Penn é um analista e estratega americano, principal responsável pela reeleição de Clinton e pela terceira vitória de Blair. No seu livro 75 microtendências aborda pequenas mudanças no retrato da sociedade ocidental. Não querendo ser extensa,...

-
TELENOVELAS, RECEPÇÃO E INDÚSTRIAS CULTURAIS Defendida em 2001 na Universidade de Coimbra, a tese de mestrado de Verónica Policarpo – Telenovela brasileira: apropriação, género e trajectória familiar – é um estudo sobre a telenovela como...



Coisas e Coisas








.