Coisas e Coisas
CINEMAS DE LISBOA NO COMEÇO DO SÉCULO XX
Em 1904, era inaugurado o Salão Ideal, à rua do Loreto. Quatro anos depois, abria o Chiado Terrasse, à entrada da rua António Maria Cardoso, o "salão cinematográfico mais amplo, cómodo e elegante de Lisboa", título que perderia em 1909 quando o Salão Trindade se considerava "o mais elegante cinema de Lisboa". Um pouco acima, na rua D. Pedro V, abria o Salon Rouge com filmes pornográficos, actividade que se tornou mais apropriada para o Animatógrafo do Rossio, ao Arco da Bandeira, na loja de um prédio pombalino com uma decoração de fachada em estilo Arte Nova, e que ainda se mantém no ramo até hoje. Nos Restauradores, numa ponta do Palácio Foz, iniciava-se o Salão Central, o animatógrafo onde "se reunia toda a sociedade elegante". Outros cinemas, com vida mais efémera, eram implantados no eixo Chiado-Restauradores, significativo da importância daquela área do ponto de vista cultural e do entretenimento na época.
Os anos finais da monarquia iam-se afeiçoando ao novo espectáculo paralelo ao teatro em salas mais antigas, escreve José-Augusto França, no seu novo livro
Lisboa - História Física e Moral (p. 640). O historiador duvida do "público elegante" a ir ao cinema e arrisca tratar-se mais de classes populares.
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Cinema Ideal
Após quatro meses de obras de restauro e um investimento de cerca de 500 mil euros, o Cinema Ideal (Lisboa), onde até há pouco se exibiam filmes pornográficos, abre com produções de qualidade para todos os públicos (a partir de Observador). Hoje,...
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Morte De Cinemas
Aqui, ainda não tinha comentado o desaparecimento do cinema King, junto ao cruzamento das avenidas de Roma e Frei Miguel Contreiras. Eram três salas onde se via com frequência cinema não mainstream - cinematografias europeia, americana independente,...
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SalÃo Nobre Do ConservatÓrio Nacional De Lisboa
O blogue Guilhermina Suggia está a fazer correr uma petição a favor do salão nobre do Conservatório Nacional de Lisboa. Salão construído em 1881, segundo projecto do Arq. Eugénio Cotrin e com tectos pintados por José Malhoa, está há cerca...
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AINDA A VALENTIM DE CARVALHO - REFAZER OS FIOS À MEADA
Dois dos posts que coloquei neste weblog diziam respeito à Valentim de Carvalho e à Editorial Notícias. Hoje, uma notícia do Expresso, assinada por Pedro Lima, no renovado caderno de Economia...
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VALENTIM DE CARVALHO - UM HOMEM DA INDÚSTRIA DISCOGRÁFICA A RECORDAR Valentim de Carvalho nasceu na freguesia de Santa Isabel, em Lisboa, a 14 de Fevereiro de 1888, dia de São Valentim [daí o seu primeiro nome]. Os pais eram de Maxial, junto a Torres...
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