CIDADES CRIATIVAS
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CIDADES CRIATIVAS



Organizado pela Universidade de Aveiro e pela Associação Portuguesa de Planeadores do Território, vai abrir o concurso escolar designado Cidades criativas, uma reflexão sobre o futuro das cidades portuguesas.


A iniciativa dirige-se especialmente a alunos da área curricular não disciplinar denominada Área de Projecto (AP) e Projecto Tecnológico (PT) do 12.º ano (cerca de 80 mil alunos), "propondo-se que estes se organizem em equipas (no máximo de cinco elementos) com o objectivo de produzir uma reflexão sobre a cidade onde vivem e/ou estudam, identificando o seu potencial urbano, cultural e tecnológico e procurando apresentar propostas inovadoras e criativas para a sua qualificação e valorização".

Segundo José Carlos Mota (email:
[email protected]), da coordenação do concurso Cidades Criativas, "o tema das cidades criativas enquadra-se nos objectivos definidos pelo Ministério da Educação para essa nova área disciplinar, em particular, pela natureza interdisciplinar e transdisciplinar do trabalho", pela procura "da realização de projectos concretos, com o fim de desenvolver nos alunos uma visão integradora do saber, promovendo a sua orientação escolar e profissional e facilitando a sua aproximação ao mundo do trabalho", e ainda, pela criação de "oportunidades que aproximem a escola da comunidade e da sociedade em que esta se insere".

Ainda segundos os promotores do concurso, a "abordagem sobre as cidades criativas desenvolvida por Richard Florida (2003) refere a importância da aposta numa segunda geração de políticas públicas ligadas à criatividade e à inovação urbana, numa aposta que visa a atracção e a fixação de talentos, a capacidade de desenvolver investigação e produtos tecnológicos (universidades e empresas inovadoras) apoiada numa atitude tolerante, que valorize a diversidade social e cultural. A aplicação desta abordagem à realidade das cidades portuguesas propõe que estas se constituam como espaços vibrantes, onde dê gosto viver, estudar e trabalhar, em particular pela qualidade dos espaços urbanos, pela dinâmica artística e cultural, pela aposta no desenvolvimento tecnológico e pela diversidade de negócios ligados à fileira cultural, tecnológica e urbana".

Para atingir estes objectivos o Professor António Câmara (Prémio Pessoa 2006) sugere três pistas: "as cidades têm de explorar os factores que as diferenciam; estas devem transformar-se em laboratórios vivos, espaços de aventura e experimentação; e devem apostar no desenvolvimento de estratégias colaborativas (que mobilizem os cidadãos e que tirem partido das tecnologias disponíveis)".

Cada grupo participante pode organizar o seu próprio roteiro de trabalho, contudo a equipa coordenadora do concurso sugere o seguinte guião:

- Fase 1 - Diagnóstico da cidade (final do 1.º período – Dezembro 2007)
- Fase 2 - Estratégia para a cidade (final do 2.º período – Março 2008)
- Fase 3 - Propostas (final do 3.º período – Junho 2008)

As inscrições decorrem entre Setembro e Outubro.

Para saber mais, procurar em
http://www.ua.pt/csjp/cidadescriativas/ e http://cidadescriativas.blogspot.com/.

A Comissão Cientítifica do Concurso é constituída pelos Professor Doutor António Câmara (Universidade Nova, Y-Dreams), Professor Doutor João Caraça (Fundação Gulbenkian), Dr. Jaime Quesado (Programa Cidades e Regiões Digitais), Professor Doutor Rosa Pires (Universidade de Aveiro), Professor Júlio Pedrosa (Universidade de Aveiro), Professor Jorge Carvalho (Universidade de Aveiro), Professora Maria Luís Pinto (Universidade de Aveiro), Paulo Ribeiro (produtor cultural), Leonel Moura (artista plástico), Emília Lemos (Professora, Presidente APG) e Fernando Nogueira (Investigador UA, Vice-Presidente APPLA). Para a iniciativa, a organização conta com os apoios do Ministério de Educação, Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e Cidades (aguarda confirmação), Comissão Nacional da UNESCO, Associação Nacional de Municípios Portugueses, Gabinete do Plano Tecnológico e Programa das Cidades e Regiões Digitais e os patrocínios da REVIGRÉS, Portal SAPO, semanário Expresso, Casa da Música, Fundação Serralves, FNAC e Fórum Estudante.



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