Coisas e Coisas
A Rádio em Portugal, 1941-1968
Cada livro parece ser mais importante que os anteriores, pois cada um deles tem uma história, uma razão de ser e uma contextualização da investigação e da sua produção. É o que eu penso após a saída de
A Rádio em Portugal, 1941-1968, publicado pela Colibri em 2014, e que representa o meu esforço de continuação da escrita da história da rádio em Portugal, após
As Vozes da Rádio, 1924-1939, publicado em 2005 pela Editorial Caminho.
Agora, a procura de informação foi ainda mais rica. A jornais, revistas e memórias de profissionais, procurei nos arquivos do SNI e da RTP e ouvi antigos profissionais. Questões como concursos (Rainha e Rei da Rádio), programas em ondas médias e FM, produtores independentes, concursos de locutores do SNI, publicidade, géneros radiofónicos (relatos desportivos, notícias, programas infantis, teatro radiofónico) e censura do Estado Novo foram alguns dos trabalhados no livro. E ainda personalidades da rádio, como Luís Filipe Costa, António Miguel, Fernando Curado Ribeiro, Etelvina Lopes de Almeida, Artur Agostinho, Maria Leonor Magro, Pedro Moutinho, Domingos Lança Moreira, Francisco Igrejas Caeiro, Carlos Silva, Aurélio Carlos Moreira, Jorge Gil, João David Nunes, José Fialho Gouveia e José Nuno Martins.
Se, no período de 1924 ao começo da II Guerra Mundial, a rádio era feita por amadores e curiosos, os senfilistas vindos da telegrafia e da fonia, as estruturas saídas após o conflito mundial eram já profissionais. Alargamento de horários e apoio publicitário fizeram desses anos o período de ouro da rádio. Mesmo com o arranque da RTP em 1957, a rádio aguentou o embate da televisão até ao final da década de 1960.
A rádio - e a sua história - é fascinante, pois é um meio sempre em alteração, inovação e reinvenção. O exemplo da FM do Rádio Clube Português, em 1963, com programação autónoma de ondas médias, fez nascer um grupo de produtores, realizadores e locutores de uma geração pouco ou nada identificada com a ordem cultural e, mesmo, política, mesmo que a estação estivesse comprometida com o regime. Aí nasceu o slogan "Sempre no Ar, Sempre Consigo".
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Elemento Para Uma História Da Rádio Do Império
Em 1968, programas da rádio portuguesa estendiam-se às então colónias africanas. Aqui, estão dois casos. Um deles é A Voz do Casa Pia, de Rádio Peninsular para Rádio Clube de Angola, Rádio Clube de Moçambique e Emissora Oficial da Guiné Portuguesa,...
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A Rádio Em 1985
A capa reproduz um altifalante de excitação directa em leque Gaumont. O livro 60 Anos de Rádio em Portugal foi publicado em 1986 pela RDP (rádio pública) e pela editora Vega e reproduz as comunicações realizadas no colóquio sob aquele nome, nos...
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Ainda A Tertúlia E Apresentação Do Livro A Rádio Em Portugal (alcoutim, 23 De Janeiro)
"Que melhor cenário para apresentar um livro sobre a história da rádio que no meio de uma colecção de aparelhos de rádio antigos? Foi isso mesmo que aconteceu sexta-feira à noite, na Casa dos Condes, a biblioteca municipal de Alcoutim. A Rádio...
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Obrigado A JosÉ Nuno Martins E Equipa
Acabou hoje o programa 27 mil dias de rádio, de recordação dos 75 anos de rádio do Estado, dirigido por José Nuno Martins. Hoje, foram recordados alguns nomes chave da rádio: Artur Agostinho, Maria Leonor, D. João da Câmara, Rafael Correia....
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SOBRE O LIVRO DE DINA CRISTO Já aqui escrevera sobre o lançamento, na passada segunda-feira, do livro de Dina Cristo, A rádio em Portugal e o declínio do regime de Salazar e Caetano (1958-1974). Aproveitei o fim-de-semana para o ler. O texto divide-se...
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