A Impresa na perspectiva de Pedro Norton
Coisas e Coisas

A Impresa na perspectiva de Pedro Norton


pnmNa passada terça-feira, o presidente executivo da Impresa (SIC, Expresso, Visão), Pedro Norton de Matos, deu uma importante entrevista ao jornal Público. Sem eliminar a leitura total do texto de Maria Lopes e Miguel Gaspar, deixo aqui elementos que me parecem essenciais para compreender o negócio actual da televisão (e dos media em geral) aos olhos do principal responsável da Impresa depois de Francisco Pinto Balsemão.

Primeiro, há expectativas de Pedro Norton quanto a resultados positivos este ano, apesar da quebra de 16% no total da televisão no primeiro trimestre de 2013 (a SIC terá baixado 1,8%). O gestor destaca a resiliência da televisão como meio, apesar das mudanças tecnológicas e da massificação de outros meios. Para ele, a imprensa em papel tem uma situação mais complicada, apesar de não acreditar no seu desaparecimento. Prefere falar em reinvenção, nomeadamente em termos de modelo de negócio.

Segundo, fala da relação das empresas de televisão com a CAEM (Comissão de Análise e Estudo de Meios), a propósito da GfK. Recentemente a RTP e a TVI sairam da CAEM, por quererem fazer uma auditoria à medição de audiências por parte da GfK. Pedro Norton de Matos indica, na entrevista, que as primeiras críticas ao processo de medição de audiências começaram há três anos quando a TVI acusou o painel da Marktest estar desactualizado. A pressão foi tão grande que a CAEM fez um concurso, onde saiu vencedora a GfK. Agora, a TVI elogia a Marktest. Contudo, continua o gestor, tirando aqueles dois grupos de televisão que sairam, todos as entidades dentro da CAEM (operadores de cabo, agências, SIC) estão satisfeitas com o trabalho actual de medição de audiências.

Terceiro, o responsável da Impresa refere à liderança da SIC no horário nobre, que desde 2000 pertencia à TVI. Para tal, tem contribuida a ficção portuguesa, com o apoio da SP e da Globo na co-produção de novelas, sem desmerecer o trabalho da informação do canal. Gabriela, Dancing Days e Avenida Brasil contribuiram para essa consolidação.

Outros temas abordados na entrevista seriam a crença que o governo já não vai voltar a falar da privatização da RTP, o lançamento de um canal na área do social este ano (canal cor de rosa, como indicava a chamada de atenção na primeira página do Público de terça-feira) e a mudança de geração nos comandos da SIC (hoje trabalha-se mais em equipa e menos na base de uma cara: Balsemão ou Rangel).



loading...

- Guerra De Audiências
A TVI comunicou hoje à GfK e associados da CAEM - Comissão de Análise de Estudos de Meios que não reconhece a validade dos dados produzidos pelo seu painel, pelo que volta ao painel da Marktest. Em 13 de Fevereiro, a TVI votou na CAEM contra a entrada...

- Novo Adiamento Da Medição De Audiências Pela Gfk
Lido na newsletter da Meios e Publicidade, a GfK adiou uma segunda vez o arranque do seu sistema de medição de audiências em televisão. A Comissão de Análise e Estudos de Meios (CAEM) solicitará à Marktest que prossiga em Fevereiro a prestação...

- Caem
Retiro da newsletter de hoje da Meios e Publicidade "A Comissão de Estudo e Análise de Meios - CAEM - tem convocada para esta semana uma assembleia-geral para eleger os novos corpos sociais. Já fechada está a presidência, que é rotativa e está...

- Gfk Ganha AudiÊncias
...

- A PosiÇÃo De BalsemÃo
Estatuto do jornalista, lei da televisão, poderes da ERC, lei da concentração e concurso para o quinto canal - eis algumas das críticas de Francisco Pinto Balsemão ao governo, que considera ter seguido uma estratégia de enfraquecimento dos grupos...



Coisas e Coisas








.