Coisas e Coisas
EFEMÉRIDE
CEM ANOS DA CONFERÊNCIA DE ALBERTO BESSA SOBRE A HISTÓRIA DO JORNALISMO
Faz hoje cem anos que o jornalista Alberto Bessa proferiu uma comunicação sobre a história do jornalismo, passada ainda em 1904 a livro. Na realidade, foi a 9 de Março de 1904, que Alberto Bessa apresentou uma comunicação por altura da inauguração da Sociedade Literária Almeida Garrett, em Lisboa, grémio de escritores, literatos e artistas.
Do acontecimento, encontra-se eco no
Diário de Notícias, de 10 de Março de 1904, na segunda página: “[O] curioso trabalho de Alberto Bessa manifesta não só grande investigação de notas e de factos notáveis no jornalismo de quase todo o mundo, como também um grande estudo sobre a especialidade, como se pode verificar do extracto que publicamos”. O
Diário de Notícias era o jornal onde Bessa trabalhava.
Mais à frente na mesma notícia: “A imprensa, sendo, como é, a palavra organizada em instituição, tornada eco da multidão anónima, obscura, desvalida, paciente, irresoluta e murmurante, servindo, com a sua voz, de válvula de segurança providencial, e um grande bem, apesar de todos os defeitos que queiram encontrar-lhe e de todas as manchas que lhe possam ser notadas. […] O jornalista é o factor subjectivo e pessoal, moral e responsável do exercício da imprensa. De coragem, independência e civismo deve ser formado o seu carácter: de penetração, lucidez e imparcialidade feito o seu critério; de talento, entusiasmo e amor formada a sua alma, votada a todas as concepções mais elevadas da arte e da beleza, na justiça, na verdade e no bem”.
Alberto Bessa, para além do
Diário de Notícias, trabalhou nos jornais
O Século e
O Diário, antes de ingressar em
O Jornal do Comércio e das Colónias, no ano da implantação da República. Neste último jornal chegou a director. Bessa foi também um grande dinamizador do movimento associativo dos jornalistas, sendo um dos fundadores da
Associação da Imprensa Portuguesa. Num outro local, desenvolverei este tema.
Livro: Alberto Bessa (1904).
O jornalismo. Esboço histórico da sua origem e desenvolvimento até aos nossos dias. Lisboa: Viúva Tavares Cardoso
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