Coisas e Coisas
OS CHINELOS COR-DE-ROSA - AINDA O BLOGUE DO MANUEL PINTOA análise de ontem de Manuel Pinto, do blogue Jornalismo e Comunicação, comentado no post anterior, incidiu, entre outros assuntos, no texto de Joaquim Fidalgo (
Público) [não ponho link pois não sei quantos dias fica a notícia disponível gratuitamente]. Fidalgo só merece elogios ao seu trabalho, pois é um trabalho notável. Sem criticar as organizações jornalísticas, que fazem do marketing um elemento essencial na venda de exemplares, o colunista fala de faqueiros, serviços de café, facas de cortar queijo ou uma tábua para pôr o mesmo a ser cortado. A ironia vai ao ponto de comentar, "incitando" à coordenação entre revistas e jornais: "eu já tenho um faqueiro completo que fiz com um jornal, um serviço de jantar que fiz com outro (por acaso até podiam condizer melhor, mas enfim...) e um serviço de copos jeitosinho que me trouxe uma revista. Claro que agora também me apetece ter os copos desenhados por Fátima Lopes", etc., etc.
O que Manuel Pinto não nos dá é a contextualização da página.
O editor que fechou a página deve ter ido para casa cheio de felicidade por ter trabalhado uma página assim (para memória futura: p. 10, secção "Espaço Público"). A coluna ao lado da de Fidalgo chama-se
Nem tanto ao mar nem tanto à terra, assinada por Luís Fernandes. Este parece apostado a dizer ao colega de página [o que se segue é efabulação minha, embora fale do Algarve e da praia]: tens alguma razão, mas entre o faqueiro e as notícias das férias escaldantes do João Pinto (leia-se: jogador de futebol semanas atrás no Algarve) ou das férias igualmente escaldantes de Cristiano Ronaldo (leia-se: jogador de futebol semanas atrás no Algarve), a cultura material aumentou. Finalmente, a coluna mais à esquerda [a das citações de outros media] vem deitar água na fervura da felicidade prometida pelas revistas e jornais: começa por Sérgio Figueiredo (
Jornal de Negócios) ["Ouve-se, há pelo menos meia década, dizer que o modelo económico português está esgotado"], continua por Joaquim Letria (
24 Horas) ["Portugal continua a ser um belo país para construir um país. Mas não por empreiteiros destes"] e quase acaba em Jacinto Lucas Pires (
A Capital) ["O problema é que um país deprimido é também um país que ousa menos, produz menos e vive pior"].
Perante isto, venham daí os chinelos cor-de-rosa!
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