Coisas e Coisas
AFONSO LOPES VIEIRAEm 2001, Cristina Nobre publicou
...um longo ataque de melancolia mansa... Correspondência e autógrafos (1909-1945) de Afonso Lopes Vieira a Artur Lobo de Campos (Magno Edições e Câmara Municipal de Leiria). Depois, em 2003, editaria
Passeio sentimental de Afonso Lopes Vieira (edição da Comissão de Coordenação da Região Centro). No primeiro destes textos, Cristina Nobre destaca a "cuidada, desenhada e bela caligrafia de Afonso Lopes Vieira" da correspondência do poeta preservada na Biblioteca Municipal de Leiria. Artur Lobo de Campos, oficial do exército, natural de Leiria, escreveria sobre aquele seu conterrâneo, nomeadamente em
A poesia de Affonso Lopes Vieira (1922).
Retiro a seguinte mensagem de Afonso Lopes Vieira ao amigo, datada de 10 de Junho de 1911: "Recebida e estimada a sua epístola. Temos passado dias deliciosos, fazendo um mundozinho na solidão, e nem o tempo (q. já mudou) conseguiu prender-nos ou aborrecer-nos. Escrevo-lhe ao serão, depois d'um dia de larga excursão em carro de bois. O R. L. tem gostado imenso, assim como a Senhora, q. é uma excursionista admirável, andando léguas sem cansaço. E prontos para esta vida de Pinhal e de Varanda, com a melhor disposição. São encantadores. Vamos no dia 14 pª as Cortes e no dia 18 devemos estar em Lisboa, indo nós talvez pª Sintra, se a Câmara me deixar".
O pinhal era o de Leiria e a varanda a de sua casa em S. Pedro de Muel, mesmo junto à praia, donde se desfruta uma inesquecível paisagem.
A casa de Afonso Lopes Vieira é, hoje, um pequeno museu, onde se pode apreciar o seu escritório e a varanda, conservada como o poeta a deixou. Logo a seguir, à casa, na praça com o seu nome, observa-se um busto dele. Para mais informações, ler no sítio Rota dos Escritores. Nascido em Leiria (1878), morreu em Lisboa (1946). Após conclusão do Curso de Direito, em Coimbra (1894-1900), passou a viver em Lisboa como redactor da Câmara dos Deputados (1900-1916). Depois, dedicou-se exclusivamente à actividade literária. Repartiu o seu tempo entre Lisboa e S. Pedro de Muel, onde recebia os amigos, nomeadamente escritores. A casa-museu em S. Pedro de Muel abriu a 8 de Julho deste ano.
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Censura Discográfica (11)
"19.3.1974. Inconveniente a aquisição de disco ou faixa: Vieira da Silva (Canção para um Povo Triste), maranus RREP0059. Idem para Fernando Lopes Graça e Arminda Correia (Fernando Lopes Graça, trecho O Menino de sua Mãe), Decca 740502"....
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Escritores E Ilustradores Em Castelo Branco
A 1ª edição do Festival Literário de Castelo Branco (FLCB), iniciativa da respetiva câmara municipal entre os dias 24 e 26 de outubro, vai levar mais de duas dezenas de escritores e ilustradores às escolas daquele concelho. Ana Maria Magalhães,...
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RÁdio Portuguesa
"Com a liberalização das rádios, no final dos anos 1980, e, depois, com a privatização, o meio renovou-se. Joaquim Vieira destaca aqui o papel da Rádio Comercial e do nome de João David Nunes, então seu director: «Aí houve uma renovação muito...
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Livro Sobre A RÁdio PÚblica
A Nossa Telefonia - 75 anos de Rádio Pública em Portugal, sobre os três quartos de século da Emissora Nacional, depois RDP e hoje RTP-Rádio, é um livro coordenado por Joaquim Vieira, com textos de Manuel Deniz Silva, Nuno Domingos e Pedro Russo...
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Fernando Lopes-graÇa Em Tomar
Ainda não conheço a Casa Memória Fernando Lopes-Graça, na rua Dr. Joaquim Jacinto, 25, em Tomar. Ela foi inaugurada no passado mês de Dezembro. Retiro algumas informações da agenda cultural de Tomar deste mês. Nascido em 1906, Lopes-Graça tem...
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