Coisas e Coisas
ED - PESSOAS, IDEIAS E NEGÓCIOSTrata-se do segundo número desta publicação, dirigida por Fernando Vicente, também seu proprietário. Mensal e de 30 mil exemplares de tiragem (informação retirada da ficha técnica, mas sem indicação de controlo pela APCT), propõe-se mostrar "verdadeiros tesouros por descobrir num cliente «perto de si»". O tema de capa desta publicação
lifestyle é, assim, a eficácia publicitária, vendo de que modo se consomem "imagens, conceitos, modas, objectos".
Concentro-me nas cinco páginas dedicadas aos centros comerciais (secção
Futureday), com assinatura de Isabel Cabral. O texto começa com a referência a um curso ligado à área a desenvolver na Universidade Católica, o Programa de Gestão de Espaços e Centros Comerciais, coordenado por Nuno Fernandes, a partir de Janeiro próximo (preço: €5250). Segundo ele, e apesar de se considerar que Portugal tem muitos centros comerciais, há países com volumes mais elevados, casos da Holanda, Noruega e Suécia. Ainda segundo Nuno Fernandes, "o crescimento registado em Portugal é comum em toda a Europa. Nos últimos 10 anos, a construção de centros comerciais na Europa foi mais do dobro da registada em todo o período pós-guerra". Um estudo da Cushman & Wakefield, referido no texto que venho a seguir, indica que o nosso país ocupa o décimo lugar em ABL (área bruta locável), com 180 metros quadrados por 1000 habitantes, sendo a média europeia de 196 metros quadrados.
Contudo, a concorrência não se processa apenas entre centros comerciais e comércio de rua mas entre os próprios centros comerciais, dada a saturação previsível do mercado (e um menor poder de compra, escrevo eu). E o texto aponta algumas fragilidades já sentidas: o grupo Regojo, que abarca as lojas Massimo Dutti, Mango, Pepe Jeans e Quebra-Mar, não abrirá mais lojas em Lisboa e Porto (talvez feche algumas, embora projecte criar dez lojas no centro comercial Dolce Vita Tejo, na área da Grande Lisboa, em 2007). Neste momento, tem 200 lojas em Portugal, facturando €200 milhões anualmente.
A nova tendência será a de construir centros comerciais mais pequenos, focados no conceito tradicional de bairro, onde as pessoas se deslocam com facilidade sem uso de transportes pessoais ou colectivos. De todo o modo, o sucesso estará, lê-se na parte final do texto, e com recurso ao conhecimento da Sonae Sierra (Colombo, Vasco da Gama, Norte Shopping), na localização, mix das lojas, design, segurança, limpeza, estacionamento, componente lazer e preocupações ambientais.
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