Coisas e Coisas


TÍTULOS DO DIÁRIO DE NOTÍCIAS

Moura Guedes não resiste à Prisa e Pedro Tojal rescinde com Media Capital Radios preenchem duas das três páginas do jornal, na secção dos "Media". O artigo de Paula Brito sobre a apresentadora do noticiário da TVI anota que o estilo da apresentadora, "recorrendo muitas vezes a comentários pessoais e caretas", "terá sentido a pressão das muitas críticas, algumas delas vindas de responsáveis próximos do accionista espanhol Media Capital". Embora a ideia de "responsáveis próximos de" não seja técnica e deontologicamente correcta, pela imprecisão quanto a fontes de informação (e a jornalista conhece certamente os livros de estilos dos media, que dizem para se evitar estas expressões), fica na ideia de muitos de nós (enquanto opinião pública) que a saída da pivô da TVI se deve, efectivamente, à necessidade de a reposicionar por parte dos novos donos da estação.

Há, a meu ver, um só problema: se o noticiário é líder (com 31,1%, segundo a notícia em que me apoio), porquê mudar? Não é pluralista? Ou é apenas sensacionalista?

A outra notícia, sobre a saida de Tojal do grupo Media Capital, assinada por F. M., também situa a alteração devido à nova estratégia imposta pela Prisa, o grupo espanhol que detém 33% do grupo.

Começo a manifestar a minha preocupação em termos de pluralismo de ideias veiculado pelo grupo. Quer se gostasse do estilo Moura Guedes ou não, sabia-se o que ela era. Agora, entra-se no domínio da especulação. Isto porque se dizia que Paes do Amaral era o fiel da balança, entre o poder da Prisa e o da RTL, mas o que está a acontecer é que as "pedras" por ele colocadas estão a sair. Por pressão da Prisa, escreve o Diário de Notícias. O que vai acontecer mais? E a RTL, que medidas também vai tomar? E o Governo português, ou a entidade reguladora que o representa, vai continuar em silêncio?



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