Coisas e Coisas
O NOVO LIVRO DE FERNANDO CORREIA
Acabei hoje de ler o livro de Fernando Correia, Jornalismo, grupos económicos e democracia, editado pela Caminho já este ano. Com 156 páginas, o livro divide-se em cinco capítulos, que resultam de textos escritos para diversas ocasiões (revistas e comunicações).
A meu ver, os capítulos I e III são aqueles de maior fôlego intelectual, ao passo que o capítulo IV resulta de uma comunicação apresentada em congresso, adaptado mais ao discurso oral.
Do capítulo inicial, ressalto a distinção que o autor faz do conceito media, segundo diversos protagonistas: 1) espaço de informação para os jornalistas, 2) produto para os patrões, 3) suporte de anúncios para os publicitários, 4) instrumento de luta para os dirigentes políticos e desportivos, 5) espaço de participação para os cidadãos, 6) espaço de reivindicação para os trabalhadores e sindicatos, 7) instância de visibilidade para alguns sectores intelectuais e profissões liberais, 8) instrumento de conhecimento para a maior parte das pessoas (pp. 14-15).
Do capítulo III, retiro a distinção dos vários tipos de jornalista: 1) nómada ( repórter, grande repórter, repórter fotográfico), 2 sedentário (o que exerce cargos como director, chefe de redacção, editor), 3) simbiose dos dois tipos anteriores, 4) freelance (jornalistas investigadores e jornalistas especializados que não pertencem ao corpo do jornal mas a ele vendem os seus trabalhos) (pp. 61-68).
No capítulo IV, Fernando Correia desagrega os jornais em três tipos: 1) jornais de referência (com informação mais séria e trabalhada) e revistas especializadas, 2) jornais populares (com informação mais ligeira) e revistas cor-de-rosa e de fait-divers), 3) jornais gratuitos (com informação de melhor qualidade que os populares) (pp. 88-89).
Propriedade dos media, concentração da propriedade e valores e autonomia (ou sua redução) dos jornalistas são alguns dos temas muito debatidos ao longo da obra. O livro completa-se com uma cronologia sobre o ensino e a investigação dos media em Portugal.
Há uma continuidade deste livro com outros já publicados pelo autor: Os jornalistas e as notícias (1997; 4ª edição em 2003) e Jornalismo e sociedade (2000). Fernando Correia é jornalista há 40 anos, sendo actualmente chefe de redacção da revista Vértice e director editorial da revista JJ - Jornalismo e Jornalistas. Também ligado ao ensino, lecciona na Universidade Lusófona e no ISCTE.
- Livro Sobre Jornalismo
Na semana passada, em congresso do CIMJ (Centro de Investigação Media e Jornalismo) sobre história dos media, foi lançado o livro Jornais, jornalistas e jornalismo. Séculos XIX-XX, coordenado por Ana Cabrera, e com textos de Jorge Borges de Macedo...
- A ProfissÃo De Jornalista
Este é, sem dúvida, um dos livros do ano, na sua área temática. Fernando Correia e Carla Baptista fizeram em Jornalistas, do ofício à profissão. Mudanças no jornalismo português (1956-1968) - agora editado pela Caminho e com o patrocínio do...
- Jornalismo PortuguÊs Nos Anos Sessenta
Amanhã, dia 23, pelas 18:00, decorre mais uma sessão do II Seminário de Cultura de Massas em Portugal no Século XX, na Universidade Nova de Lisboa (Av. de Berna, 26 C, torre, 7º andar). O tema é Os anos sessenta como um período de viragem no jornalismo...
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NOVO LIVRO DE FERNANDO CORREIA Jornalismo, grupos económicos e democracia, em edição da Caminho, é o novo livro de Fernando Correia, professor universitário e jornalista. Do índice, destaco os seguintes elementos: realidade complexa dos media nos...
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UM MANUAL DE JORNALISMO Com a chancela da Letras Contemporâneas (Florianópolis/SC, Brasil), Jorge Pedro Sousa editou este ano Elementos de jornalismo impresso. Trata-se de um bom manual de jornalismo. No final da obra, Jorge Pedro de Sousa interroga-se:...
Coisas e Coisas
O NOVO LIVRO DE FERNANDO CORREIA
Acabei hoje de ler o livro de Fernando Correia, Jornalismo, grupos económicos e democracia, editado pela Caminho já este ano. Com 156 páginas, o livro divide-se em cinco capítulos, que resultam de textos escritos para diversas ocasiões (revistas e comunicações).A meu ver, os capítulos I e III são aqueles de maior fôlego intelectual, ao passo que o capítulo IV resulta de uma comunicação apresentada em congresso, adaptado mais ao discurso oral.
Do capítulo inicial, ressalto a distinção que o autor faz do conceito media, segundo diversos protagonistas: 1) espaço de informação para os jornalistas, 2) produto para os patrões, 3) suporte de anúncios para os publicitários, 4) instrumento de luta para os dirigentes políticos e desportivos, 5) espaço de participação para os cidadãos, 6) espaço de reivindicação para os trabalhadores e sindicatos, 7) instância de visibilidade para alguns sectores intelectuais e profissões liberais, 8) instrumento de conhecimento para a maior parte das pessoas (pp. 14-15).
Do capítulo III, retiro a distinção dos vários tipos de jornalista: 1) nómada ( repórter, grande repórter, repórter fotográfico), 2 sedentário (o que exerce cargos como director, chefe de redacção, editor), 3) simbiose dos dois tipos anteriores, 4) freelance (jornalistas investigadores e jornalistas especializados que não pertencem ao corpo do jornal mas a ele vendem os seus trabalhos) (pp. 61-68).
No capítulo IV, Fernando Correia desagrega os jornais em três tipos: 1) jornais de referência (com informação mais séria e trabalhada) e revistas especializadas, 2) jornais populares (com informação mais ligeira) e revistas cor-de-rosa e de fait-divers), 3) jornais gratuitos (com informação de melhor qualidade que os populares) (pp. 88-89).
Propriedade dos media, concentração da propriedade e valores e autonomia (ou sua redução) dos jornalistas são alguns dos temas muito debatidos ao longo da obra. O livro completa-se com uma cronologia sobre o ensino e a investigação dos media em Portugal.
Há uma continuidade deste livro com outros já publicados pelo autor: Os jornalistas e as notícias (1997; 4ª edição em 2003) e Jornalismo e sociedade (2000). Fernando Correia é jornalista há 40 anos, sendo actualmente chefe de redacção da revista Vértice e director editorial da revista JJ - Jornalismo e Jornalistas. Também ligado ao ensino, lecciona na Universidade Lusófona e no ISCTE.
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Este é, sem dúvida, um dos livros do ano, na sua área temática. Fernando Correia e Carla Baptista fizeram em Jornalistas, do ofício à profissão. Mudanças no jornalismo português (1956-1968) - agora editado pela Caminho e com o patrocínio do...
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